A presidenta do sindicato, Maria Izabel Azevedo Noronha, quer que emissora, como concessão pública, cumpra seu papel de informar a população sobre todos os fatos que a interessam
Assembleia realizada na última sexta-feira (20) reuniu milhares de professores em são Paulo
por José Gilbert Arruda Martins
Somos todos responsáveis por esta situação absurda, onde a Globo, como empresa jornalística que é, portanto, deveria noticiar com responsabilidade os fatos à toda a sociedade, não o faz.
Por que somos todos responsáveis?
Vamos falar apenas de nós professores e professoras:
Na sala de professores na escola na hora do intervalo, a Tevê fica ligada em que canal?
Se vamos fazer comentários em sala que envolva a tevê, quais exemplos damos? e qual canal usamos para ilustrar?
Precisamos trabalhar com nossos alunos (as) um fato da sociedade - uma tema qualquer -, qual canal usamos?
Chegamos em casa após o trabalho, ligamos em que canal para nos informar?
Nossa família, assiste todos os dias que canal?
Nós professores e professoras, percebemos o quão é tendenciosa a globo, criticamos cotidianamente a emissora, assinamos as campanhas pela democratização da mídia, pintamos cartazes contra, mas estamos fazendo alguma coisa de concreto para tentar fugir da manipulação?
Pode até não resolver nada, mas passo a ter a consciência de que, critico e procuro alternativas de noticiário, futebol, entretenimento etc.
Do contrário, somos sim, todos responsáveis por esse absurdo que está posto.
TENDENCIOSO
Apeoesp cobra diretor de jornalismo da Rede Globo, que ignora greve dos professores
A presidenta do sindicato, Maria Izabel Azevedo Noronha, quer que emissora, como concessão pública, cumpra seu papel de informar a população sobre todos os fatos que a interessam
São Paulo – A presidenta da sindicato dos professores da rede estadual de ensino de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Azevedo Noronha, encaminhou ontem (23) ofício ao diretor geral de jornalismo da Rede Globo, Ali Kamel. Na correspondência, enviada pela primeira vez ao jornalismo da emissora, que historicamente boicota o movimento, ela informa que os professores da rede estadual estão em greve desde o último dia 13.
“Para a Globo, nossa greve não existe. Coincidentemente ou não, é a mesma versão do governo estadual”, afirma a dirigente no comunicado, referindo-se às declarações do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que nega a existência do movimento grevista ao mesmo tempo que afirma se tratar de uma novela que se repete anualmente.
Maria Izabel questiona o fato de os telejornais da emissora terem dado grande destaque às manifestações do dia 15 deste mês, contra o governo federal, no mesmo local da assembleia dos professores, e não ter dado cobertura ao movimento. De acordo com a Apeoesp, na última sexta-feira (20), 135 mil professores estavam em greve, o que corresponde a 60% da categoria em todo o estado.
Ainda segundo ela, “a ética e o bom jornalismo determinam que todas as partes envolvidas em determinado fato sejam ouvidas e que sejam divulgadas suas posições”. A dirigente acrescenta que, “se a Rede Globo defender, de fato, a liberdade de expressão, deve cumprir as normas do Estado democrático de direito".
“Como concessão pública, deve cumprir seu papel de informar à população sobre todos os fatos que a possam interessar e, também, dará voz a a todos aqueles que não estão satisfeitos com a realidade da escola pública estadual.”
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