sexta-feira, 27 de março de 2015

Cortada em rede nacional.





por Mateus Falcão.

"Isso é futebol". Bem, é também assim que os escravagistas justificavam a escravidão, " É a ordem natural das coisas".
"Isso é futebol", as mulheres eram (são ainda em boa parte) mantidas sobre preceitos e controles justificados na frase, "Esse é o seu papel."
"Isso é futebol", é assim também que é falado para as jovens moças que depois de uma violência ouvem, "Estava procurando/querendo".
Não. Não, isso não é futebol. Isso é um conceito enraizado na sociedade que para depreciar os outros é dito, "Mulherzinha, Viado, Bicha, Menininha...", para que seja jogado a pessoa em uma "minoria" onde está voltado todo o ódio e rancor do povo para que esse se sinta inferiorizado quando se depara nesse meio. Qual é a fraqueza ou qual xingamento pode uma pessoa receber ao ser chamado de "Mulherzinha", quando as mulheres carregam por noves meses bebês que só sairão delas depois de tremendo esforço e imensurável dor?
Não. Não há fraquezas nas "minorias", não há fraquezas nos que vivem de acordo com seus próprios preceitos.
Há fraquezas nos que julgam, que apontam e que se enojam ao simples ato de olhar um ser humano que lhe foge da REGRA GERAL DA SOCIEDADE.
Vamos repensar as mais simples palavras e tentar mostrar um mundo melhor para as gerações que virão.

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