por José Gilbert Arruda Martins
Esse depoimento deixa claro como não tem sentido a sangria do governo Dilma pela mídia conservadora.
Se as investigações forem sérias, sem objetivos políticos e profunda, poderá chegar, inclusive, à compra de votos da emenda constitucional da reeleição na década de 1990.
A corrupção no Brasil tem drenado para bolsos de particulares recursos aos milhões. Dinheiro que deveria aumentar as verbas da educação e da saúde públicas.
Mas, definitivamente, não é um fenômeno recente.
A emenda constitucional que permitiu que Fernando Henrique Cardoso se reelegesse na década de 1990 teve parlamentares comprados. Inclusive, vários foram para a TV denunciar.
O que precisa ser feito agora, além das punições, que finalmente estão acontecendo, é a Reforma Política e o fim do financiamento empresarial de campanhas.
Essa medida, poderá ser um marco importante na construção das eleições no país.
O Brasil precisa da Reforma Política. Até mesmo para ser possível manter os avanços, ainda que tímidos, na área social.
Empreiteira da Lava Jato afirma que cartel atuou desde o governo FHC
Do uol:
Em acordo de leniência firmado pela Setal Engenharia e Construções com a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG-Cade), a empresa afirmou que as empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato operam em cartel para participar de licitações da Petrobras desde o final dos anos 1990.
O posicionamento da companhia coincide com o que disse o executivo Augusto Mendonça, ex-representante da Toyo Setal, à Justiça Federal. Após firmar o acordo de delação premiada, ele disse que o cartel, chamado por ele de “clube” de empreiteiras que atuava nas licitações da estatal existe desde meados da década de 1990, período que abrange a gestão de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Segundo Mendonça, ex-representante da Toyo Setal, o cartel “passou a ser mais efetivo a partir de 2004, graças às negociações dos diretores Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e Renato Duque (Engenharia e Serviços)”.
No histórico de conduta divulgado pelo Cade, com detalhes do acordo de leniência, a Setal e a SOG Óleo e Gás afirmaram que foi estabelecido “um sistema de proteção” entre as empresas para “combinar não competirem entre si em licitações relativas à obras da Petrobras no mercado ‘onshore'”.
O documento registra, ainda, que a empresas investigadas na Lava Jato se “reuniam, ainda que inicialmente de uma maneira não estruturada, com o objetivo de discutir e tentar dividir os pacotes de licitações públicas ‘onshore’ da Petrobras no Brasil”.
As empreiteiras disseram que o cartel ficou mais bem definido a partir de 2003 ou 2004, com a chegada do ex-diretores de Engenharia e Serviços da estatal, Renato Duque, e de Abastecimento, Paulo Roberto Costa.
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