sexta-feira, 20 de março de 2015

Reflexões Marxistas - Baseadas no livro: Devaneios sobre a atualidade do Capital

por José Gilbert Arruda Martins

A partir de hoje, o blog do professor Gilbert vai postar em forma de resumos e comentários, um pouco do pensamento do grande pensador alemão Karl Marx, é uma contribuição a todos e todas que desejam adentrar nas ideias e reflexões do grande autor de "O Capital". Não temos a intenção de fazer resenhas. Serão, na maioria das vezes, frases e períodos sem muita  preocupação em seguir completamente a lógica dos autores. Queremos que seja uma forma de instigá-los a ler o livro por completo.
www.google.com.br/search?q=imagem+do+livro+do+professor+Clóvis+de+Barros+Filho+-+Devaneios+sobre+a+atualidade+do+Capital

Os autores: Clóvis de Barros Filho é professor livre-docente pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Gustavo Fernandes Dainezi professor pela ECA/USP.

O livro Devaneios sobre a atualidade do Capital é uma compilação - revista e atualizada - de uma série de conferências do professor Clóvis de Barros Filho.

Na obra, o professor Clóvis e seu colega Gustavo explicam a refletem a respeito da famosa obra marxista O Capital.

Com uma linguagem bastante acessível, e próxima à oralidade, os autores buscam fazer com que o leitor SINTA-SE DENTRO DA SALA DE AULA.

Durante os seus oito capítulos, o livro atravessa o essencial do pensamento de Marx n'o Capital e reflete sobre a sua atualidade, ponderando sobre os meios de comunicação, a religião, a educação, a linguagem e o Estado.

Uma leitura agradável e enriquecedora.

Uma obra que todo professor e professora, principalmente nas áreas de Matemática, Física, Biologia, Química, deveria conhecer.

como os autores defendem, o livro não é de auto-ajuda. E, logo na introdução estampam uma frase que diz muito sobre o que pretendem: "(...) não sabemos qual o mundo ideal, nem como chegar a ele, mas acreditamos que, com um pouco mais de conhecimento, você poderá viver um pouco melhor."

Livro nenhum, sozinho, vai solucionar todos os problemas, a educação sozinha também, já dizia o grande educador popular Paulo Freire, mas, ajuda e muito.

Para o Povo que não possui herança material, a grande sacada é estudar, estudar muito.

E, não basta apenas o Ensino Fundamental ou o Ensino Médio, tem que ir muito além.

O livro fala de oito DEVANEIOS".

Você sabe o que significa devaneio?

Devaneio é "Estado de espírito de quem se deixa levar por lembranças, sonhos e imagens". Vamos sonhar então.

O primeiro devaneio (sonho) - Materialismo e idealismo.

Professor e professora, você jovem estudante, conhece o Materialismo Dialético e Histórico de Marx e Engels? Não? Então vamos pensar juntos aqui nesse espaço.

Vamos citando passagens do livro, sempre entre aspas e comentando uma coisa ou outra.

"O pensamento de Marx é materialista.

Existe, basicamente, duas maneiras de abordar e entender o mundo.

Uma denominada idealista. Outra, materialista.

O pensamento de Marx é uma crítica particular dele a toda e qualquer proposta idealista de compreensão do mundo.

O materialismo histórico é uma proposta de ciência, se apresenta como uma nova ciência, uma nova ciência da história.

Nesse sentido, materialismo histórico, de uma lado, está se fazendo ciência da história, e do outro, ciência materialista da história.

nenhuma ciência humana seria o que é hoje se não fosse o pensamento marxista.

Mesmo que seja para combatê-lo, criticá-lo, ou não concordar com ele, trata-se de referência obrigatória no estudo da história das ideias e no estudo da evolução das ideias até hoje.

(...) este pensamento tem méritos incontestáveis, tem forças impressionantes e, como todo o pensamento, tem seus pontos de fragilidade e de incongruência.

O que queria Marx com a sua obra (?)

Marx é um cientista porque propôs uma nova ciência, o materialismo histórico, e um visionário porque propôs uma nova maneira de pensar, o materialismo dialético.

Ele é autor de uma nova ciência, de uma nova filosofia.

O materialismo não começa com Marx, o materialismo histórico sim, mas o materialismo em si, não.

Marx não começou tudo do zero, é leitor de muita gente.

O filósofo Feuerbach foi alguém que viveu muito próximo de Marx que é um indivíduo próprio do século XIX e Feuerbach também.

Marx engoliu Feuerbach escrevendo um livro sobre ele.

Uma frase consagrada de Marx ao se referir à obra de Feuerbach e à filosofia: As filosofias até hoje se preocupavam em analisar o mundo, é mais do que hora de se preocupar em transformá-lo.

Marx, não parou de tentar encontrar as causas dos fatos e dos fenômenos sociais.

Chega de analisar o mundo, é hora de transformá-lo.

O que será que Marx quera ter dito?

Será que ele quis dizer que a ciência que não é transformadora do mundo é uma ciência que atende aos interesses dominantes e vigentes em um determinado espaço onde ela é produzida?"

Sera que nós professores e professoras, fazemos nossas aulas pensando assim?

A sociedade que nós professores e professoras vivemos é a ideal?

Nossos estudantes, vivem uma vida digna? São respeitados em seus direitos de cidadãos?

Se, enxergamos uma sociedade e um sistema econômico onde as pessoas não são respeitadas e, por cima, são exploradas no seu trabalho, essa é uma vida que precisa mudar?

"Quando a ciência limita-se a analisar o mundo como ele é, atende aos interesses dos dominantes, que querem justamente que o mundo permaneça como ele é.

Portanto, a perspectiva da interpretação desta tese XI de Feuerbach é muito simples: a ciência não pode desempenhar o papel de reprodutora das relações de dominação dentro de um determinando espaço, e é por isso que a ciência mais do que mera analista de um espaço, tem que ser transformadora.

Ela (a ciência) que ser radicalmente transformadora de um espaço porque ele é indesejável, ruim, apequenador, infeliz.

Ao longo da história do pensamento podemos dizer que se assistiu ao enfrentamento de dois tipos de concepção sobre a vida no mundo.

Uma concepção dá ao mundo a primazia da matéria, da substância, que é de um jeito determinado e você pensará tanto melhor quanto conhecer as coisas do mundo, como ele é concretamente, materialmente e assim por diante.

A outra dá primazia ao observador. Parte da premissa de que o mundo por ele mesmo, nós não conheceremos nunca, não sabemos nem se ele é.

Os idealistas vão criar, então, o conceito de aparência. A aparência é infinitamente plural, pois varia dependendo do ponto de vista.

Esse tipo de pensador é chamado de idealista porque a segurança está na ideia; o outro pensador é chamado de materialista porque a segurança está na matéria.

Continua...


























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