Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Países Signatários da Declaração de Bolonha.
A Declaração de Bolonha (19 de junho de 1999) — que desencadeou o
denominado Processo de Bolonha —
é um documento conjunto assinado pelos Ministros da Educação de 29 países europeus, reunidos
na cidade italiana de Bolonha.
A
declaração marca uma mudança em relação às políticas ligadas ao ensino superior
dos países envolvidos e estabeleceu em comum um Espaço Europeu de Ensino Superior a partir do comprometimento dos países
signatários em promover reformas dos seus sistemas de ensino.
A
declaração reconhece a importância da educação para o desenvolvimento sustentável de sociedades tolerantes e democráticas.
Embora
a Declaração de Bolonha não seja um tratado, os governos dos países signatários
comprometeram-se a reorganizar os sistemas de ensino superior dos seus países
de acordo com os princípios dela constantes.
Objetivos
A declaração visa a tomada de ações
conjuntas para com o ensino superior dos países pertencentes à União Europeia,
com o objetivo principal de elevar a competitividade internacional do
sistema europeu do ensino superior. Para assegurar que o sistema
europeu do ensino superior consiga adquirir um grau de atração mundial
semelhante ao das suas extraordinárias tradições cultural e científica,
delinearam-se os seguintes objetivos a serem atingidos na primeira década do
terceiro milénio1 :
·
Promover entre os cidadãos europeus a empregabilidade e a
competitividade internacional do sistema europeu do Ensino Superior.
·
Estabelecer um sistema de créditos transferíveis e acumuláveis (ECTS),
comum aos países europeus, para promover a mobilidade mais alargada dos
estudantes. Os créditos podem também ser adquiridos em contextos de ensino não
superior, incluindo a aprendizagem ao longo da vida, desde que sejam
reconhecidos pelos estabelecimentos de ensino superior de acolhimento;
·
Adotar um sistema baseado em três ciclos de estudos:
·
1.º ciclo, com uma duração de seis a oito semestres (180 a 240 ECTS)2 ;
·
2.º ciclo, com a duração de um ano e meio a dois (90 a 120 ECTS),
podendo, excecionalmente, ter a duração de dois semestres (60 ECTS)3 ;
·
3.º ciclo4 .
·
Implementar o suplemento ao diploma;
·
Promover a mobilidade dos estudantes (no acesso às oportunidades de
estudo e formação, bem como a serviços correlatos), professores, investigadores
e pessoal administrativo (no reconhecimento e na valorização dos períodos
passados num contexto europeu de investigação, de ensino e de formação, sem
prejuízo dos seus direitos estatutários);
·
Promover a cooperação europeia na avaliação da qualidade, com vista a
desenvolver critérios e metodologias comparáveis;
·
Promover as dimensões europeias do ensino superior, em particular:
·
Desenvolvimento curricular;
·
Cooperação interinstitucional;
·
Mobilidade de estudantes, docentes e investigadores;
·
Programas integrados de estudo, de formação e de investigação.
Países que aderiram
Para além dos
29 signatários iniciais, aderiram à Declaração de Bolonha até à reunião de
ministros de Lovaina (2009) mais 18 países Albânia, Alemanha, Andorra,Arménia, Azerbaijão, Áustria, Bélgica (comunidades flamenga e francófona), Bósnia e
Herzegovina, Bulgária, Cazaquistão, Chipre, Croácia ,Dinamarca,Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Geórgia, Grécia, Hungria, Islândia, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Liechtenstein, Luxemburgo,Macedónia, Malta, Moldávia, Montenegro, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, Roménia, Rússia, Santa Sé, Sérvia, Suécia, Suíça, Turquia, Reino Unido,República Checa e Ucrânia.
Reuniões de ministros
O acompanhamento do processo e
o seu desenvolvimento é objeto de reuniões periódicas dos ministros
responsáveis pelo ensino superior nos países aderentes.
Tiveram
lugar reuniões em Praga (2001), Berlim (2003), Bergen (2005), Londres (2007), Lovaina (2009), Budapeste, Viena (2010) e Bucareste (2012).
Nenhum comentário:
Postar um comentário