segunda-feira, 11 de abril de 2016

Visita à nova sede da Fundação Palmares

por José Gilbert Arruda Martins

"O silêncio existente sobre a participação do negro na história do Brasil retrata um dos aspectos perversos do racismo na sociedade brasileira. No ensino de história é negado o protagonismo negro e aprendemos erroneamente que as grandes lideranças, os grandes feitos das personalidades do país, foram protagonizados somente pelos brancos."


                                             Gilbert, Cida Abreu e Ivana Maria


Como mudar a realidade do Ensino de História que coloca em segundo plano os negros e negras brasileiras?

Uma das saídas é, efetivamente colocar em prática a lei 10.639 que torna obrigatório o ensino da história e da cultura negra nas escolas, essa seria uma das alternativas.

Outra é levar a Fundação Palmares para o "encontro" com os jovens das periferias de todas as cidades grandes do País, num projeto grandioso, multicultural e multidisciplinar.

Dandara o seu companheiro Zumbi dos Palmares, Francisco José do Nascimento "O Dragão do Mar", Luíza Mahin, Carolina Maria de Jesus...ficariam animados e felizes com a nova, sofisticada e eficaz Fundação Palmares.

Quinta-feira passada (07/04) estivemos no Ato das Mulheres pela Democracia no Palácio do Planalto, antes, fomos fazer uma visita a grande amiga e companheira de luta, uma pessoa batalhadora, militante incansável da causa negra e dos trabalhadores e trabalhadoras desse País e que desde maio de 2015 é a nova presidenta da Fundação Palmares, Cida Abreu.

Gilbert, Cida Abreu e Ivana Maria

Logo no rol de entrada fomos muito educadamente e respeitosamente recebidos e encaminhados ao 7° andar.

A nova Sede da Fundação Palmares além de muito linda, bem situada, tem um ar de sofisticação e beleza que chama a atenção dos visitantes, além claro, do pessoal que trabalha receber a todos e todas com alegria e respeito.




Esse ar de beleza, sofisticação e simplicidade ao mesmo tempo é parte de uma política implantada pela nova presidenta, o povo negro merece ser bem recebido, bem orientado nos seus direitos.


Prof. Gilbert, Márcia(chefe de gabinete) e Ivana Maria


Com a nova presidenta Cida Abreu a Fundação que antes funcionava escondida na Asa Norte, foi instalada no centro comercial sul, coração da vida administrativa e econômica da Capital Federal.




Mas a mudança não foi apenas esta, a nova presidenta vem aproximando cada vez mais a Fundação Palmares do provo negro e das periferias com projetos maravilhosos.

Ao longo dos próximos meses iremos divulgar aqui as atividades principais da Fundação.

Abaixo um pouco da história da Fundação Palmares.

"No dia 22 de agosto de 1988, o Governo Federal fundou a primeira instituição pública voltada para promoção e preservação da arte e da cultura afro-brasileira: a Fundação Cultural Palmares, entidade vinculada ao Ministério da Cultura (MinC). A FCP comemora meio quarto de século de trabalho por uma política cultural igualitária e inclusiva, que busca contribuir para a valorização das manifestações culturais e artísticas negras brasileiras como patrimônios nacionais.
Nesse quarto de século, a FCP já emitiu mais de 2.476 certificações para comunidades quilombolas. O documento reconhece os direitos das comunidades quilombolas e dá acesso aos programas sociais do Governo Federal. É referência na promoção, fomento e preservação das manifestações culturais negras e no apoio e difusão da Lei 10.639/03, que torna obrigatório o ensino da História da África e Afro-brasileira nas escolas. A Fundação Palmares já distribuiu publicações que promovem, discutem e incentivam a preservação da cultura afro-brasileira e auxiliam professores e escolas na aplicação da Lei.
• Comprometimento com o combate ao racismo, a promoção da igualdade, a valorização, difusão e preservação da cultura negra;
• Cidadania no exercício dos direitos e garantias individuais e coletivas da população negra em suas manifestações culturais;
• Diversidade no reconhecimento e respeito às identidades culturais do povo brasileiro.
Para guiar as linhas macro de trabalho, foram criadas três estruturas administrativas: O Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-brasileiro (DPA); O Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-brasileira (DEP); e o Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra (CNIRC)."

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