Com a vinda dos povos africanos ao Brasil - aqui vendidos como mercadoria destinada à escravidão - veio também sua milenar cultura e formas de cultuar Deus e outras entidades transcendentes.
Não se trata, portanto, de uma cultura e religiosidade qualquer: quando falamos da África, precisamos ter em conta de que aquele continente vem a ser o berço da raça humana e, por conseguinte é, igualmente, um importante polo cultural onde se desenvolveram as primeiras grandes religiões do mundo, o culto aos ancestrais, os Orixás.
Oxalá Foto: PG
A imagem do Orixá Oxalá foi incendida neste final de semana na Prainha aqui em Brasília. Não foi a primeira vez, no final do ano passado outra imagem foi atacada. A intolerância e o desrespeito às religiões de matriz africana tem crescido na Capital Federal e no País. Por que?
Veja o vídeo:
Uma das explicações e o desconhecimento da história da África e da escravidão negra brasileira, isso talvez seja um dos motivos para tanta violência e intolerância.
Nosso currículo escolar, apesar da lei n° 10.639/2003 que torna obrigatório o ensino da história e da cultura negra nas escolas, continua a "esquecer" quase tudo que ligue a história brasileira aos africanos e à escravidão.
Precisamos mudar urgentemente essa realidade em nossas escolas.
Educadores e educadoras de todos os níveis - Ensino Fundamental, Médio e Superior -, precisam se reciclar, participar de cursos que envolvam esses temas e levar para o debate nas salas de aula.
A escola brasileira precisa respirar esses assuntos no seu dia a dia.
A história da África e da Escravidão Negra não pode continuar passando ao largo, sendo temas de debates esporádicos.
Precisa definitivamente entrar na grade e ser trabalhado todos os dias como tema comum das disciplinas.
Em solo brasileiro a religiosidade de origem africana adaptou-se à realidade do regime escravocrata e cristão-católico. Contudo, mesmo sob grande privação, a força milenar da fé desse povo (re)nasceu das cinzas nas senzalas das fazendas e nos quilombos, formando uma vasta gama de denominações religiosas “afro-brasileiras”.
Conhecemos as religiões afro-brasileiras como Candomblé, Batuque (no RS), Umbanda (a mais tipicamente brasileira), Xangô, Tambor de Minas, Cabula, Encantaria, entre outras tantas.
Com a vinda dos povos africanos ao Brasil - aqui vendidos como mercadoria destinada à escravidão - veio também sua milenar cultura e formas de cultuar Deus e outras entidades transcendentes. Não se trata, portanto, de uma cultura e religiosidade qualquer: quando falamos da África, precisamos ter em conta de que aquele continente vem a ser o berço da raça humana e, por conseguinte é, igualmente, um importante polo cultural onde se desenvolveram as primeiras grandes religiões do mundo, o culto aos ancestrais, os Orixás.
Nenhum comentário:
Postar um comentário