sexta-feira, 1 de abril de 2016

BRASÍLIA - Em defesa do governo Dilma e por legalidade, milhares lotam Esplanada dos Ministérios

por José Gilbert Arruda Martins

Como medir multidões? Os organizadores defenderam em diversos momentos a presença de mais de 100 mil pessoas. A globogolpista falou em 50 mil, a PM militar em 50 mil. a Record em mais de 85 mil. Quem está correto? Quais critérios foram usados?

brasilia.jpg
Passeata conta com participação cidadãos que resolveram se unir, sem fazer parte de um grupo

A multidão lotava o Eixo Monumental e parte do gramado entre o Mané Garrincha e o Congresso, qual a quilometragem? Segundo o google são exatos 5 km.

Vamos imaginar, se deixarmos os critérios políticos da rede globo (golpista) e levarmos em conta critérios científicos e usados por instituições sérias; quantas pessoas realmente tinham no dia de ontem na manifestação contra o golpe aqui em Brasília?

"Há diversos métodos para se medir uma multidão. O mais conhecido foi criado por um professor universitário de jornalismo, Herbert Jacobs, nos anos 60 – e por isso é conhecido como “método de Jacobs”. 

É simples: calcule a área do local, estime o número de pessoas por m², e multiplique os dois números. As pessoas se concentram de forma desigual? Então leve isso em conta. É isso que o Datafolha faz: 
Profissionais do instituto percorrem toda a área da manifestação e avaliam o número de pessoas por metro quadrado em cada setor. Posteriormente as informações são reunidas em um mapa do local para a realização do cálculo relacionando as diferentes densidades com a área total. 

Há métodos mais sofisticados que usam o mesmo princípio. Na manifestação de segunda-feira no Rio de Janeiro, uma equipe do instituto de pesquisa Coppe/UFRJ usou imagens de televisão, programas de computador e bom senso para estimar quantos manifestantes foram às ruas. O G1 explica: 

Em dois monitores alinhados, especialistas da Coppe emparelham imagens diferentes de um mesmo lugar, no caso a Avenida Rio Branco: uma de satélite e outra filmada por um helicóptero. Na primeira, calcula a dimensão da área. Na outra, desenha o que chamam de “manchas” humanas, de acordo com a quantidade de pessoas. Por fim, compara as duas para saber o quanto desta área foi ocupada. 
Ou seja, primeiro eles obtêm a área, depois a concentração de pessoas, e – após alguns ajustes – calcula-se o número total de pessoas, que ficou entre 80 mil e 100 mil pessoas no Rio de Janeiro."




BRASÍLIA

Em defesa do governo Dilma e por legalidade, milhares lotam Esplanada dos Ministérios

na Rede Brasil Atual

Ato com 100 mil pessoas, segundo os organizadores, e 50 mil, conforme a Polícia Militar, teve participação de deputados e senadores de vários estados

por Hylda Cavalcanti, da RBA


brasilia.jpg


Brasília – Cem mil pessoas, segundo os organizadores, e 50 mil, conforme a Polícia Militar, entre representantes de movimentos sociais, trabalhadores rurais, sindicalistas e até indígenas de etnias diversas, bem como seringueiros, estudantes e servidores públicos encheram a Esplanada dos Ministérios, nesta quinta-feira (31), durante mobilização contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff e pela legalidade no país. O movimento foi pacífico, e observado em vários pontos da capital, porque os grupos saíram concentrados de pontos e bairros diversos. Eles se juntaram por volta das 16h30, em frente ao Museu da República e, de lá, caminharam unidos pela Esplanada até o Congresso Nacional, quando a mobilização recebeu a adesão de parlamentares.
Marcaram o encontro faixas gigantes destacando a importância da Constituição, caras pintadas, muitos cartazes do período de campanha eleitoral da presidenta Dilma e pessoas com bandeiras da CUT, do PT e do Brasil. Também foram observadas muitas crianças, levadas pelos pais e demais familiares.
A passeata, contra o processo de impeachment, terminou sendo mais destacada em Brasília por apresentar muitas faixas e cartazes com críticas ao vice-presidente, Michel Temer, o PMDB e presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do que de apoio à presidenta, propriamente. “Está claro que estamos aqui em solidariedade à presidenta e às garantias constitucionais. Mas não podemos perder a oportunidade para denunciar o golpismo e oportunismo neste país, comandados por estes senhores”, disse o motorista Robson Silveira, que levou uma faixa contra Temer.
Também se destacou na manifestação, a exemplo da passeata que foi realizada no início de março, a quantidade de cartazes com a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda da época de sua reeleição, em 2006. “Lula de novo, com a força do povo”, afirmava uma grande faixa carregada por estudantes da Universidade de Brasília (UnB), que se aglomeram em frente ao Ministério do Desenvolvimento Social.
No gramado do Congresso Nacional, também foi grande a movimentação de pessoas que preferiram ir direto para lá e aguardar a chegada da passeata – até por conta do trânsito ao redor do trecho, que estava bastante engarrafado por conta dos bloqueios colocados pela Polícia Militar e Detran.

'Golpe, nós já vimos'

Apesar do grande número de ônibus fretados levados por representantes de movimentos sociais e de moradores da região do entorno do Distrito Federal, a passeata contou com a participação de muitos cidadãos que resolveram se unir à mobilização, sem fazer parte de um grupo ou entidade organizada. Foi o caso do professor Ariclê Ribeiro, que acompanha a caminhada ao lado da mulher, Ana Rita Ribeiro e o filho, Camilo, de 16 anos.
“Viemos prestar nossa solidariedade e fazer a nossa parte, para impedir que a democracia deixe de existir neste país. Impeachment sem crime de responsabilidade é golpe e golpe nós já vimos. Sabemos que não é o melhor para o Brasil”, afirmou Ariclê.
Também a servidora pública Ana Elisa Bezerra, do Governo do Distrito Federal, se reuniu a amigas para ocupar a Esplanada. “Estamos aqui para mostrar que a corrupção está do outro lado, dizer que não concordamos com o oportunismo e que vamos lutar, resistir até o fim para que a inclusão social e os programas que reduzem as desigualdades tenham continuidade. E isso só é possível com o governo que aí está”, enfatizou.
Em frente ao Estádio Mané Garrincha, um grupo de 70 indígenas da etnia Xakriabá, de Minas Gerais, fazia pinturas no corpo e se preparava para seguir até a Esplanada. Eles chegaram à capital esta manhã, para participar da manifestação e carregam uma grande faixa que afirmava “Não vai ter golpe”.
“Isso aqui é um encontro cívico. Não estamos defendendo por esse ou aquele grupo político, mas defendendo o país e a democracia. Por isso, esta solidariedade à presidenta de forma tão eclética. E é preciso essa tomada de consciência por parte de toda a população brasileira”, disse Aline Albuquerque, representante da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Fonte:

http://www.institutodeengenharia.org.br/site/noticias/exibe/id_sessao/4/id_noticia/7651/Como-medir-multid%C3%B5es

Nenhum comentário:

Postar um comentário