segunda-feira, 8 de julho de 2019

SERRA DESTRUÍDO PELO MEDO




Antes porém, encheu os bolsos dele e da família.
Serra esteve á frente do governo FHC.
Por oito anos liderou a entrega do patrimônio público brasileiro.
Serra trabalhou incansavelmente para privatizar a Petrobrás na época.
Só não conseguiu por que a empresa é grande demais e não deu tempo.
Serra é o grande entregador do pré sal brasileiro.
É o “come quieto” do PSDB...
É o “pé de pano” dos tucanos de SP...
Um sujeito perigoso aos interesses do país...
Um cara que pegou em muita grana ilegal mas, continua intocável...
Como quase todos os tucanos paulistas...
Para Luís Nassif no seu GGN...
Serra, o cultivador do ódio que foi destruído pelo medo
José Serra sempre foi um político que cultivava o ódio como forma de dominar o  medo. Era implacável nos bastidores. Inaugurou a era dos dossiês, cooptando procuradores, delegados da Polícia Federal e empresas de arapongagem. Não poupou ninguém, nem adversários, como Lula, nem competidores políticos, como Roseana Sarney, nem aliados como Paulo Renato de Souza.
Espalhava o terror nos adversários, pela cumplicidade com veículos de mídia dispostos a cometer assassinatos de reputação, alimentados pelos dossiês de Serra.
Ao mesmo tempo, era um político extraordinariamente inseguro. Nas crises políticas mais agudas, como no episódio das enchentes em São Paulo, ou na crise econômica de 2008, sumia.
Como governador, colocou a polícia para reprimir estudantes da USP.
O mesmo ocorreu quando associações empresariais e de trabalhadores pediram audiência e ele se recusou a atender, em plena crise de 2008.
Ambos ameaçaram acampar na frente do Palácio e imediatamente foram recebidos.
No poder, gradativamente foi revelando seu lado obscuro, os dossiês, os ataques implacáveis contra adversários, os sinais exteriores de riqueza, o pouco empenho no trabalho.
Saiu-se bem como Ministro da Saúde pelo bom senso de segurar no Ministério alguns personagens históricos do movimento sanitarista, que deram sequencia aos estudos para a implementação dos genéricos.
Na campanha de 2010, escancarou definitivamente sua falta de escrúpulos e de princípios.
Foi o principal responsável pelo uso dos temas morais na política, ao acusar Dilma de “assassinar” crianças, por sua defesa do aborto em casos específicos, um discurso de ódio como ainda não se ouvira nas campanhas eleitorais, destruindo definitivamente a herança social-democrata do PSDB.
Dali em diante mergulhou em direção ao submundo. De seus aliados, passou a exigir provas de lealdade, que consistiam em perpetrar atos abomináveis para serem aceitos pelo cappo.
No impeachment, mostrou mais uma vez seu oportunismo, estimulando o golpe, as passeatas e aceitando o cargo de Ministro das Relações Exteriores, de Michel Temer.
Até que a Lava Jato atravessou seu caminho. E ali, o implacável Serra foi tomado de medo pânico, pavor mesmo, similar ao sentimento que acometia as inúmeras vítimas que deixou pelo caminho, fuziladas por dossiês e por manchetes de veículos inescrupulosos.
Sua vasta rede de alianças, no Ministério Público, no Supremo, conseguiu blindá-lo até agora.
Somatizou o medo, passou a enfrentar problemas de coluna, atolou-se em remédios e mais remédios, foi se tornando cada vez mais ausente nas reuniões, nas sessões do Senado, nas reuniões sociais.
Hoje é uma sombra que se desmancha irreversivelmente.
O político terrível foi destruído pelo medo.
Mas deixa uma herança pesada, como um dos principais artífices das guerras viscerais que destruíram a democracia brasileira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário