quarta-feira, 24 de julho de 2019

PF PRENDE SUPOSTOS HACKERS



Será que a PF não está inventando criminosos para proteger criminosos?
A Polícia Federal informou que prendeu nesta terça-feira quatro suspeitos de terem invadido os celulares do ministro da Justiça, Sergio Moro, e do procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato.
Essas prisões ocorrem depois de vazamentos de diálogos entre Moro e Dallagnol, e também entre outros procuradores da operação Lava Jato, que vêm sendo divulgados pelo site The Intercept desde 9 de junho.
Os vazamentos não deixam dúvidas de que houve conluio entre Moro, Dallagnol e outros procuradores, para prejudicar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso político na sede da PF em Curitiba.
Também nesta terça, a coluna da jornalista Monica Bergamo, na Folha de S.Paulo, traz o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso confirmando que teve de fato um jantar em que participaram Moro e Dallagnol, em 2016, conforme um dos diálogos revelados pelo Intercept.
A autenticidade dos vazamentos foi objeto de matéria veiculada pelo próprio site, na segunda-feira da semana passada, dia 15: “Tanto a força-tarefa quanto o ministro Moro responderam negando qualquer impropriedade, mas não contestaram – e implicitamente confirmaram – a veracidade do material publicado.
Eles dizem “não reconhecer a autenticidade”, o que é diferente de dizer que os chats são falsos. Eles jamais apontaram uma frase sequer que teria sido, segundo eles, inventada ou adulterada”.
Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, a investigação da PF que levou às prisões de hoje “ainda não conseguiu estabelecer com exatidão se o grupo sob investigação em São Paulo tem ligação com o pacote de mensagens privadas dos procuradores da Lava Jato obtido pelo site The Intercept Brasil”.
Segundo o jornal, a polícia identificou os suspeitos “por meio da perícia criminal federal, que conseguiu rastrear os sinais do ataque aos telefones”.
Outra questão que voltou à tona nesta terça é quanto às supostas investigações da PF contra o jornalista Glenn Greenwald, do Intercept.
Segundo a agência de notícias Estadão Conteúdo, o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça que não há inquérito instaurado para apurar a conduta do jornalista.


IMAGEM: JOSÉ CURZ / ABR

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