Será
que a PF não está inventando criminosos para proteger criminosos?
A
Polícia Federal informou que prendeu nesta terça-feira quatro suspeitos de
terem invadido os celulares do ministro da Justiça, Sergio Moro, e do
procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da
Operação Lava Jato.
Essas
prisões ocorrem depois de vazamentos de diálogos entre Moro e Dallagnol, e
também entre outros procuradores da operação Lava Jato, que vêm sendo
divulgados pelo site The Intercept desde 9 de junho.
Os
vazamentos não deixam dúvidas de que houve conluio entre Moro, Dallagnol e
outros procuradores, para prejudicar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
preso político na sede da PF em Curitiba.
Também
nesta terça, a coluna da jornalista Monica Bergamo, na Folha de S.Paulo, traz o
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso confirmando que
teve de fato um jantar em que participaram Moro e Dallagnol, em 2016, conforme
um dos diálogos revelados pelo Intercept.
A
autenticidade dos vazamentos foi objeto de matéria veiculada pelo próprio site,
na segunda-feira da semana passada, dia 15: “Tanto a força-tarefa quanto o
ministro Moro responderam negando qualquer impropriedade, mas não contestaram –
e implicitamente confirmaram – a veracidade do material publicado.
Eles
dizem “não reconhecer a autenticidade”, o que é diferente de dizer que os chats
são falsos. Eles jamais apontaram uma frase sequer que teria sido, segundo
eles, inventada ou adulterada”.
Segundo
reportagem do jornal Folha de S.Paulo, a investigação da PF que levou às
prisões de hoje “ainda não conseguiu estabelecer com exatidão se o grupo sob investigação
em São Paulo tem ligação com o pacote de mensagens privadas dos procuradores da
Lava Jato obtido pelo site The Intercept Brasil”.
Segundo
o jornal, a polícia identificou os suspeitos “por meio da perícia criminal
federal, que conseguiu rastrear os sinais do ataque aos telefones”.
Outra
questão que voltou à tona nesta terça é quanto às supostas investigações da PF
contra o jornalista Glenn Greenwald, do Intercept.
Segundo
a agência de notícias Estadão Conteúdo, o diretor-geral da Polícia Federal,
Maurício Valeixo, afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça que não
há inquérito instaurado para apurar a conduta do jornalista.
IMAGEM:
JOSÉ CURZ / ABR
Nenhum comentário:
Postar um comentário