https://www.youtube.com/watch?v=xKmzke6qH5A
Por José Gilbert Arruda Martins
(Professor)
Aprendo todos os dias com meus
filhos e filha e com meus alunos e alunas sobre as novas tecnologias. O esforço
de inseri-las nas aulas é grande.
No entanto a grande questão que
enxergo é que, como o próprio documentário fala, a maioria das escolas do país
estão muito longe dessas novas tecnologias.
Percebemos no dia a dia da escola
e da vida que os novos aparelhos chegaram para ficar, já fazem parte da vida de
muitas pessoas, empresas e sistema de governo, mas não chegou para o uso e a
melhora das aulas, principalmente nas escolas públicas.
Qual o papel das novas
tecnologias?
As novas tecnologias chegaram e
potencializaram a quantidade e qualidade das tarefas nas áreas médicas,
principalmente nos hospitais e clínicas que atendem às classes abastadas, e nas
áreas de engenharia de prospecção e produção de energia. É apenas esse o papel
dessas novas tecnologias?
Quantas instituições escolares no
Brasil, públicas ou particulares, de Ensino Fundamental ou Superior usam no dia
a dia com seus alunos e alunas essas novas tecnologias?
Me parece que elas estão nas mãos
das pessoas nas ruas e nas residências, facilitam as coisas, servem como
entretenimento etc., mas não chegaram efetivamente às escolas. Por que?
Apesar da forte presença das
novas tecnologias, nunca se viu tantas pessoas excluídas do sistema vagando
pelas ruas das médias e grandes cidades. Chama a atenção aqui ou em qualquer
grande cidade do planeta, os arranha-céus moderníssimos, com altas tecnologias
e, nas calçadas milhares de pessoas abandonadas à sua própria sorte.
Qual a função das novas
tecnologias?
É possível convivermos com
equipamentos eletrônicos que facilitam nossas vidas e a vida de grande parte
das empresas e governos sem que elas cheguem às escolas públicas?
É possível a convivência das
novidades tecnológicas com a miséria social humana?
Não está passando da hora desses
novos e maravilhosos inventos serem usados concretamente para ajudar os países
e cidades a distribuir melhor a renda e acabar com a miséria?
Quanto mais tecnologias de ponta
mais miseráveis, parece que as novas tecnologias aumentaram o fosso entre ricos
e pobres. Os novos e jovens inventores e empreendedores – que são uma minoria –
ficaram ricos e, é o que parece, usam seus inventos apenas para uma classe de
consumidores que possam efetivamente compra-los, o restante da sociedade é
esquecida.
Parece dois mundos, um, cheio de
novidades tecnológicas, outro, lutando aos trancos e barrancos no dia a dia
para sobreviver com a piedade de terceiros.
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