segunda-feira, 2 de junho de 2014

Pensando as Novas Tecnologias, a Educação Pública e a Miséria Social

Documentário: a educação e os desafios do nosso tempo

https://www.youtube.com/watch?v=xKmzke6qH5A

Por José Gilbert Arruda Martins (Professor)

Aprendo todos os dias com meus filhos e filha e com meus alunos e alunas sobre as novas tecnologias. O esforço de inseri-las nas aulas é grande.
No entanto a grande questão que enxergo é que, como o próprio documentário fala, a maioria das escolas do país estão muito longe dessas novas tecnologias.
Percebemos no dia a dia da escola e da vida que os novos aparelhos chegaram para ficar, já fazem parte da vida de muitas pessoas, empresas e sistema de governo, mas não chegou para o uso e a melhora das aulas, principalmente nas escolas públicas.
Qual o papel das novas tecnologias?
As novas tecnologias chegaram e potencializaram a quantidade e qualidade das tarefas nas áreas médicas, principalmente nos hospitais e clínicas que atendem às classes abastadas, e nas áreas de engenharia de prospecção e produção de energia. É apenas esse o papel dessas novas tecnologias?
Quantas instituições escolares no Brasil, públicas ou particulares, de Ensino Fundamental ou Superior usam no dia a dia com seus alunos e alunas essas novas tecnologias?
Me parece que elas estão nas mãos das pessoas nas ruas e nas residências, facilitam as coisas, servem como entretenimento etc., mas não chegaram efetivamente às escolas. Por que?
Apesar da forte presença das novas tecnologias, nunca se viu tantas pessoas excluídas do sistema vagando pelas ruas das médias e grandes cidades. Chama a atenção aqui ou em qualquer grande cidade do planeta, os arranha-céus moderníssimos, com altas tecnologias e, nas calçadas milhares de pessoas abandonadas à sua própria sorte.
Qual a função das novas tecnologias?
É possível convivermos com equipamentos eletrônicos que facilitam nossas vidas e a vida de grande parte das empresas e governos sem que elas cheguem às escolas públicas?
É possível a convivência das novidades tecnológicas com a miséria social humana?
Não está passando da hora desses novos e maravilhosos inventos serem usados concretamente para ajudar os países e cidades a distribuir melhor a renda e acabar com a miséria?
Quanto mais tecnologias de ponta mais miseráveis, parece que as novas tecnologias aumentaram o fosso entre ricos e pobres. Os novos e jovens inventores e empreendedores – que são uma minoria – ficaram ricos e, é o que parece, usam seus inventos apenas para uma classe de consumidores que possam efetivamente compra-los, o restante da sociedade é esquecida.
Parece dois mundos, um, cheio de novidades tecnológicas, outro, lutando aos trancos e barrancos no dia a dia para sobreviver com a piedade de terceiros.





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