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Grande Lula da Silva, mas uma questão precisa ser falada, qual a classe
média o ex-presidente se refere? Todos sabemos que a alta classe média
brasileira, na sua maioria, não se importa com o povo e, pensa apenas nela
própria.
O que é classe média?
O que define realmente a classe média no Brasil?
É o poder econômico?
É a formação em nível superior?
Uma coisa podemos acerta ao dizer, além do apoio ao golpe e à ditadura
militar brasileira, a “nossa” classe média e ultra conservadora. É uma espécie
de cimento para os governos das elites, é uma espécie de força de reserva aos
movimentos mais atrasados.
O que é a classe média no Brasil?
Vamos debater, vamos conhecer, vamos ler mais sobre.
Por José Gilbert Arruda Martins (Professor)
Favelados em lugar de proletários
De como
uma esquerda forte pode contribuir decisivamente para o progresso de uma nação
e o aprimoramento da democracia
por Mino Carta
Na
entrevista publicada em CartaCapital na edição passada, Lula
pronunciou uma frase-chave: “Eu sempre sonhei em ser classe média”. Assim há de
ser. Recordei que, aos 22 anos, deixei São Paulo para trabalhar na Itália, na
redação do jornal La Gazzetta del Popolo, de Turim. Declarava-se
“matutino independente”, ou seja, sem ligações com partidos, mas a maioria dos
meus colegas era de esquerda e votava no Partido Comunista. Eu também votei.
Alguns entre eles poderiam ser
definidos como muito ortodoxos, apostavam na ditadura do proletariado. Logo me
pareceu, de resto em coincidência com outros colegas, que o proletário quer ser
burguês, e que nesta aspiração legítima reside a sua força. É o que o empurra a
reivindicar, se for o caso a ameaçar o patrão com a fatídica arma da greve. O
proletariado italiano e sua capacidade de pressão foram decisivos para
transformar em potência mundial um país saído em escombros da ditadura fascista
e da guerra.
À época comunistas e socialistas eram
aliados, inclusive na maior central sindical, a CGIL, e sem a sua ação não
haveria distribuição de renda e reforma agrária, fatores determinantes daquele
que foi chamado de milagre italiano. A frase de Lula, um ex-proletário desejoso
de se tornar classe média, e largamente habilitado a realizar seu intento, teve
o poder e a graça de evocar meus anos verdolengos, bem como em definir um
caminho que o Brasil ainda não percorreu. Na Itália hoje em grave crise, aquela
esquerda faz muita falta.
Vale acentuar que o esquerdismo
italiano inspirou-se nas lições de Antonio Gramsci, admirável pensador voltado
a contestar a ortodoxia dogmática e a desenhar outro rumo, socialista e
democrático, aquele trilhado no pós-Guerra, e aprimorado pelo PCI de Enrico
Berlinguer. Aqueles colegas que em Turim viam no partido a sua igreja se
parecem com Toni Negri, recém-chegado ao Brasil para deitar falação sobre a
Copa e criticar uma “política de grandes eventos”, inaugurada por Lula e
continuada por Dilma, em detrimento da “cultura da favela”. Melhor, segundo
Negri, em menoscabo da própria.
Adepto
do terrorismo dos anos 70 e 80, a se apresentar
como pensador marxista, Negri é um dos fanáticos do Apocalipse que, infiltrados
pela CIA, à sombra do projeto de derrubar um Estado Democrático de Direito,
apoiaram quem matou Aldo Moro para impedir a concretização do chamado compromesso
storico com Berlinguer. Por puro oportunismo, foi desta turma um certo
Cesare Battisti, a quem o governo brasileiro garantiu asilo, por razões
insondáveis. De todo modo, ao sabor da ignorância abissal da história recente,
ao vislumbrar em um ladrãozinho de arrabalde, pluriassassino, um herói da
resistência. Não faltou, obviamente, o apoio de Negri a Battisti à época do
debate em torno do asilo.
Outra
frase da entrevista com Lula parece-me
digna de reparo. O ex-presidente acerta, mais uma vez e a meu ver, ao dizer que
a Copa não interessa por motivos econômicos, e sim porque servirá para mostrar
o Brasil como ele é. Pois então, como ele é? Trata-se de um país em que 56 mil
pessoas morrem assassinadas todo ano. Foi assim em 2012. Um país em que a
própria presidenta da República encarrega-se de garantir a segurança das
torcidas nacionais e estrangeiras e a elas oferece a proteção das Forças
Armadas. O país que decreta feriado nacional em dias de jogo, a bem da
tranquilidade geral.
A patriotada é fenômeno universal na hora de uma Copa. No Brasil,
entretanto, ela se reveste de aspectos próprios. É a hora destinada a unir
casa-grande e senzala no uníssono da empolgação, singular hiato arrebatador,
quando os ricos glorificam o ex-pobre, insuperável no chute da redonda, a
despeito da cor da pele. Ocorre que o futebol ofereceu ao Brasil motivos de
ufanismo inalcançáveis em outros gramados. Ainda espero pelo dia em que o
futebol não será tão importante para todos nós. E em que não haverá brasileiros
dispostos a evocar minha origem italiana qual fosse um defeito. Origem da qual,
aliás, muito me orgulho.
E para mim é bom verificar que começam a aparecer favelados ansiosos por se tornar classe média.
E para mim é bom verificar que começam a aparecer favelados ansiosos por se tornar classe média.
registrado
em: esquerda patriotismo
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