Reginaldo Nasser, professor de Relações Internacionais da PUC - SP e do Programa de Pós Graduação San Tiago Dantas, recusou convite da Globo; o professor foi convidado para falar sobre o atentado na Bélgica. Veja abaixo a resposta do corajoso, democrata e consciente professor.

Com certeza a Globo irá encontrar outro para falar, mas quando presenciamos esse tipo de atitude, reacende a certeza de que a democracia vencerá.
O Grupo Globo de Comunicações com sua fome absurda de poder, controle e manipulação, compra a tudo e a todos, não comprou o professor.
Sei que o mesmo professor já deu entrevistas à Globo, sei disso, mas essa sua recusa atual é o que conta, sua atitude corajosa e firme, ajudará a outros colegas não se curvarem ao poderio dessa organização que sequestra, enclausura e aprisiona nossas vozes, nossas opiniões, nossas mentes.
Todos nós deveríamos pensar um pouco, principalmente em momentos difíceis como este que estamos presenciando; falamos todos os dias e a todo momento de e contra a corrupção, sei, todos nós sabemos, a corrupção é um mal que precisa ser extirpado da vida brasileira, só que não podemos é não enxergar o que pode estar sendo planejado por trás desse discurso anti corrupção.
Outro ponto importante, para muitas pessoas, especialistas na área da mídia, a mãe de todas as corrupções é a corrupção da opinião pública, que nos impede de ver melhor, nos impede de tirar o véu posto sobre planos, estratégias e projetos das elites.
A corrupção da opinião pública pode construir verdadeiros monstros sociais, verdadeiros monstros midiáticos, seres implacáveis que destruirá qualquer avanço democrático e social.
O Brasil convive com esse estado de coisa há mais de 20 a 30 anos, só a Globo tem 50.
O Brasil é um dos poucos países do mundo onde o dono da TV aberta é também dono da fechada, do rádio AM e FM, do jornal escrito, da revista escrita e eletrônica, sites na internet etc. É uma verdadeira orgia de poder; poder incomensuravelmente oligopolizado, concentrado que pode fazer o que quiser onde e como quiser.
É uma excrecência do sistema.
E todas as vezes que comete um absurdo - e acontece todos os dias -, quando é obrigado a se explicar, recorre ao direito constitucional da liberdade de expressão, confundem liberdade de expressão com liberdade de execração pública, de uma verdadeira caça às bruxas, nos remetendo a cenários, e nesses dias pré golpe a coisa ficou insuportável, medievais.
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