segunda-feira, 21 de março de 2016

Gilmar Mendes foi a casa de Eduardo Cunha discutir o impeachment

por José Gilbert Arruda Martins

O juiz partidário na Suprema Corte, Pode?

No Brasil é assim, e não é de hoje. Os grupos de grande poder econômico têm os "seus" na política, no judiciário e na mídia.

Gilmar Mendes é hoje a grande e pobre expressão dessa velha verdade no judiciário brasileiro. Um juiz partidário, defensor de banqueiro corrupto (vide Daniel Dantas), de médico estuprador (vide Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos)...


A sociedade clama por justiça democrática, Gilmar Mendes precisa ser aposentado, não pode ficar mais, é um perigo à democracia brasileira.

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Quando o presidente Fernando Henrique Cardoso indicou Gilmar Mendes para o Supremo Tribunal Federal, o jurista Dalmo Dallari fez um alerta: "Se essa indicação vier a ser aprovada, não há exagero em afirmar que estarão correndo sério risco a proteção dos direitos no Brasil, o combate à corrupção e a própria normalidade constitucional".


Dallari pode ter exagerado, porque a corte tem outros dez ministros para zelar pela Constituição, mas a atuação de Gilmar inspira desconfiança desde que ele vestiu a toga.

A presença constante na mídia, a agressividade em declarações contra o governo e a proximidade com políticos do PSDB lhe renderam o apelido de "líder da oposição" no STF. Gilmar não parece preocupado com isso. Desde que a crise política se agravou, ele usa todas as oportunidades para atacar Dilma e o PT.

A presidente e o partido dão muitas razões para críticas, mas espera-se de um ministro do Supremo que não tome lado na luta política e atue com imparcialidade. Gilmar não parece preocupado com isso. Em julho passado, ele foi à casa de Eduardo Cunha discutir o impeachment. O deputado já era investigado na Lava Jato por suspeita de corrupção.

Em setembro, o ministro estrelou evento na sede da Fiesp. A entidade é comandada por um afilhado político de Michel Temer e promove campanha aberta pela queda da presidente. Gilmar não parece preocupado com isso. Aproveitou o palanque para repetir ataques ao PT. Sobre o correntista suíço, nenhuma palavra.

Na última quarta, Gilmar almoçou com o tucano José Serra, segundo o jornal "O Globo". Após a sobremesa, voltou ao STF e discursou contra a nomeação de Lula para a Casa Civil, que não estava em debate.

Dois dias depois, o ministro atendeu pedido do PSDB e anulou a posse do ex-presidente. Tudo indica que ele deveria se dizer suspeito por falta de isenção para julgar o assunto, muito menos sozinho. Mas Gilmar não parece preocupado com isso. Nota de Bernardo Franco Mello - Na Folha

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