sexta-feira, 3 de abril de 2015

Zelotes: só coitado paga imposto no Brasil, diz conversa interceptada pela PF

no Diário do Centro do Mundo
Resultado de imagem para imagem operação Zelote

por José Gilbert Arruda Martins

É importante que se diga, se o país não tivesse instrumentos, Polícia Federal aparelhada e bem remunerada, uma legislação moderna, uma Procuradoria Geral da República independente, nada disso estaria hoje exposto na grande mídia.

E, a maior parte, se não toda, dessa reestruturação, inclusive com independência do PGR, foi e criação dos governos trabalhistas do PT e seus aliados. Isso é fato que muita gente quer esconder e poucas querem ganhar, ainda mais.

O clã marinho, está entre os "grandes" que não pagam seus impostos.

A Receita Federal e a justiça precisa cumprir com suas obrigações, se pega os coitados, precisa pegar os grandes.


Zelotes: só coitado paga imposto no Brasil, diz conversa interceptada pela PF

Do estadão:
Em conversa interceptada pela Polícia Federal, um dos integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), espécie de “tribunal” que avalia recursos de contribuintes em débito com a Receita, afirma que o órgão se tornou um “balcão de negócios” e, no cotidiano de julgamentos, quem não faz “negociata” leva a pior.
Na escuta, o conselheiro Paulo Roberto Cortez, um dos investigados por participação no esquema para favorecer grandes empresas, afirma ainda que só “coitadinhos” têm de pagar impostos. “O Carf tem de acabar, não pode. Quem paga imposto é só os coitadinhos”, constata ele em um telefonema. “Quem não pode fazer acordo, acerto – não é acordo, é negociata – se fode”, continua ele.
A conversa foi interceptada pela Polícia Federal em 25 de agosto do ano passado. Do outro lado da linha, estava o sócio de Cortez no escritório de assessoria contábil Cortez & Mallmann, que atua no Carf, Nelson Mallmann. No diálogo, os dois mencionam casos de suborno envolvendo conselheiros do Carf e grandes empresas investigadas na Operação Zelotes. Há ao menos 74 pessoas físicas e jurídicas sob suspeita, entre eles gigantes do setor privado, como revelou o jornal “O Estado de S. Paulo” no último sábado.
Num dos trechos, o conselheiro afirma, referindo-se aos recursos de contribuintes que apelam ao “tribunal” da Receita: “Eles estão mantendo absurdos contra os pequenininhos e esses grandões estão passando tudo livre, isento de imposto. É só pagar taxa”, continua Cortez.
Na conversa, ele diz que o Carf tem de fechar para que os casos a ele levados passem a ser discutidos no Judiciário. “Não pode isso aí. Virou balcão de negócios”, comenta, acrescentando: “Dá vergonha, cara”.
Na Operação Zelotes, a Polícia Federal e a Procuradoria da República no DF pediram a prisão temporária de Cortez por supostas práticas de associação criminosa, tráfico de influência e lavagem de dinheiro. A Justiça, no entanto, não considerou a medida necessária. Segundo o inquérito, as empresas de Cortez foram usadas para “branquear” pagamentos de clientes que buscavam alterar os julgamentos do Carf.
O Estado telefonou para o escritório de Cortez e Mallmann, mas as ligações foram interrompidas quando a reportagem se apresentou. “Não temos interesse”, disse o atendente, que não se identificou. O Estado telefonou para Cortez e o sócio em seus celulares, mas não foi atendido. Também enviou e-mail para ambos, mas, por ora, não houve resposta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário