PM impediu docentes de ocupar o vão livre da Masp, na avenida Paulista. Categoria rejeita proposta de reajuste zero do governo Alckmin
por Rodrigo Gomes, da RBA
Professores estão em greve há 42 dias por aumento salarial e melhoria das condições de trabalho
por José Gilbert Arruda Martins
Não é apenas a Educação Pública de São Paulo que é desrespeitada com essas atitudes do Alkmin, é toda a educação do país.
Não são apenas os professores de São Paulo que estão sendo desrespeitados mas todas as pessoas que trabalham com educação do país.
O que o governador faz, só faz porque deram as condições para que ele aja dessa forma antidemocrática e truculenta.
E quem deu as condições?
A grande mídia, capitaneada pela globo, a sociedade rica do Estado, que nunca se importou com Educação Pública e com os estudantes pobres e, infelizmente, parte da nossa classe de professores que votam e apoiam esse tipo de projeto neoliberal.
É duro dizer isso, eu sei, mas parte dos professores sempre apoiou os governos do PSDB no Estado de São Paulo.
Os professores precisam entender, e as eleições do segundo turno, do terceiro turno e do quarto estão demonstrando, que existe Luta de Classes muito presente e forte no país, negar isso é pura contradição pedagógica.
Portanto, com essa consciência na cabeça, todo professor e professora precisa continuar e, aqueles que não fazem, trabalhar autores progressistas daqui e de fora, entre eles o grande e fundamental Paulo Freire.
As ideias freirianas, são de grande valia para nós educadores entendermos a conjuntura e mais, entender a estrutura da máquina social da qual fazemos parte e trabalhamos.
Não enxergar isso, é fingir fazer educação, principalmente Educação Pública.
Desconstruir o que está sendo montado pelas políticas nefastas do PSDB em São Paulo é imprescindível para a sobrevivência da Educação Pública no Estado.
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SÃO PAULO
Professores em greve encerram ato com abraço à Secretaria da Educação
PM impediu docentes de ocupar o vão livre da Masp, na avenida Paulista. Categoria rejeita proposta de reajuste zero do governo Alckmin
São Paulo – Os professores da rede estadual de ensino de São Paulo decidiram hoje (24), em assembleia, pela continuidade da greve iniciada há 42 dias. Depois de uma caminhada pela avenida Paulista e rua da Consolação, os docentes "abraçaram" a sede da Secretaria da Educação, na praça da República, no centro de São Paulo. A Polícia Militar cercou o prédio e não permitiu a aproximação dos professores. Ontem (23), o secretário Herman Jacobus Cornelis Voorwald, disse aos professores que não haverá reajuste salarial neste ano.
“A greve continua. E é culpa do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do Herman, que ontem apresentou proposta de reajuste zero aos professores”, afirmou a presidenta da Apeoesp (sindicato da categoria), Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel.
Segundo a Apeoesp, 40 mil professores participaram da assembleia no vão livre do Masp e seguiram em passeata até a praça da República, onde fica a secretaria. No início da tarde, ao chegar ao Masp, na avenida Paulista, centro da capital paulista, os professores encontraram o vão livre do local cercado pela Polícia Militar (PM). Sem poder acessar a área, os professores ocuparam as duas faixas da avenida para realizar a assembleia. Ontem, os policiais impediram a chegada dos docentes à praça da Sé, impedindo sua passagem nas ruas da região central.
Os professores anunciaram que ingressaram com pedido de intermediação no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), em São Paulo, para garantir a negociação. E também, com um ação para que o governo Alckmin não possa cortar o ponto dos professores em greve.
A greve objetiva equiparar o salário dos docentes com os de outros profissionais com nível superior, conforme define a meta 17, do Plano Nacional de Educação (PNE). Para isso, o sindicato calcula que o índice de reajuste deve ser de 75,33%. Os trabalhadores afirmam que 70% da categoria aderiram à greve.
Alckmin defende que a categoria teve 45% de reajuste nos últimos quatro anos, contra uma inflação de 24%. A sindicalista corrige a conta do governador. O sindicato contesta os números, e diz que o reajuste foi de 26%, e estaria sendo incorporado o valor de gratificações que não são consideradas na aposentadoria.
Os professores também reivindicam a extensão dos direitos da categoria aos professores de categoria O (temporários) e a reabertura das 3.390 classes fechadas neste ano, sendo 3.300 no ensino médio. Algumas salas de aula chegam a ter até 60 alunos no ensino regular, e 90 em turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA). E cerca de 20 mil professores perderam o emprego.
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