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Quem deve fazer política?
Os donos dos Meios de Produção, a Classe Trabalhadora ou os dois?
Fazer política, todos nós fazemos no cotidiano de nossas vidas, na padaria, na escola ou no trabalho, "somos animais políticos".
Mas, e a política partidária? quem faz ou exerce concretamente no país?
Historicamente, da invasão portuguesa no século XV aos dias correntes, a política foi monopolizada pelas classes ricas.
As exceções existiram e existem, mas a hegemonia é das classes abastadas, realmente quem tem a maior quantidade de representantes é ela.
O Brasil tem uma composição formada por 28 partidos representados no Congresso, com 513 deputados e 81 senadores.
Segundo matéria do portal da UJS, "O mapeamento realizado pela entidade Transparência Brasil mostrou que apesar de quase metade da Câmara ter sido “renovada” nas eleições de 2014, os novos parlamentares fazem parte dos mesmos clãs políticos que dominam nossa legislatura há anos.".
A democracia representativa no país não é tão representativa assim. Os políticos antigos, raposas velhas donas do poder, conseguem eleger seus herdeiros e manter o controle.
Quando conversamos com estudantes em sala de aula, costumamos chamar a atenção, dizendo: "vocês precisam se fazer representar no parlamento, vocês precisam entender que é importante estudar, também para entrar na política e representar o povo e a Classe Trabalhadora".
Parece exagero da minha parte, mas veja a continuação da matéria do UJS: "49% dos deputados federais eleitos tem parentes políticos, número cinco pontos percentuais acima de levantamento idêntico realizado pela entidade em junho deste ano com os representantes eleitos em 2010. Entre os senadores, o percentual sobe para 60%."
"Os números são mais preocupantes em relação aos jovens parlamentares. 85% dos deputados federais jovens eleitos são herdeiros de famílias políticas. A renovação promovida pelo eleitorado brasileiro foi superficial."
É clara a hegemonia. Os números estão aí. Os eleitores do país votaram nas famílias que já estavam no parlamento.
Elegemos os caras que irão fazer as políticas de "acertos" fiscais, retrocessos sociais, retiradas de direitos etc.
Vou mais além, os estudantes de escola pública, precisam se preparar para entrar na política partidária, os grupos e clãs representantes das classes com poder aquisitivo alto, já fazem isso há muito tempo.
Por que nossos alunos e alunas não são preparados para esse tipo de atividade política?
Olha essa história: "Entre os mais novos está o deputado federal pela Paraíba mais votado, Pedro Cunha Lima (PSDB-PB), 26, filho do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), ex-governador cassado e derrotado na disputa deste ano para o governo estadual. O avô de Pedro, Ronaldo Cunha Lima, também foi governador da Paraíba e senador pelo estado; seu primo Bruno Cunha Lima é vereador de Campina Grande e recém-eleito deputado estadual; um de seus tios foi o ex-deputado e ex-senador Ivandro Cunha Lima."
Meu caro jovem, é simplesmente dramática a situação. Cadê os filhos dos trabalhadores e trabalhadoras? Por que as escolas públicas não conseguem formar quadros para a política direta?
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