‘Governo
autoritário não suporta população crítica’, diz presidente da UNE, sobre
Bolsonaro.
Estudantes
e trabalhadores saem às ruas em mais um tsunami da educação. Para eles, governo
de Bolsonaro escolheu ensino público como alvo principal.
A
terceira mobilização nacional de estudantes contra o governo já reuniu milhares
de pessoas no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo.
Para
o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Iago Montalvão, o governo
escolheu a educação como inimiga.
“A
educação possibilita o pensamento crítico. Governos autoritários não suportam
uma população crítica. Atacam a universidade para destruir, também a ciência”,
disse, enaltecendo o processo de resistência no terceiro “tsunami da educação”.
Repetindo
as manifestações de 15 e 30 de maio, a juventude rechaça os cortes no orçamento
da educação, e o projeto Future-se, que condiciona o financiamento das
universidades públicas ao interesse empresarial.
“Esse
projeto não foi debatido. Nem os reitores sabiam sobre ele. Parte de um vício
de método.
No
fundo, significa uma desresponsabilização do Estado de financiar a universidade
pública. Querem aumentar o financiamento privado, para tornar a universidade
dependente das empresas”, criticou Iago.
O
Future-se foi recebido como um caminho para a privatização do ensino.
Entre
outras coisas, a proposta liquida a autonomia universitária, coloca a
existência de muitos cursos em risco, permite que os empresários selecionem o
que querem apoiar e deduzam os valores dos impostos.
Além
disso, esse investimento não será feito diretamente na universidade, mas em um
fundo de investimentos gerido por uma organização social (OS) privada.
Cortes
Em
março, Bolsonaro e Weintraub determinaram o congelamento de R$ 5,8 bilhões do
orçamento da educação.
No
mês seguinte, o Ministério da Educação (MEC) bloqueou R$ 1,7 bilhão dos
orçamentos próprios das universidades federais, o que afetou o pagamento de
contas de água e luz, funcionários terceirizados, obras, equipamentos, bolsas e
pesquisas.
Apesar
de não suspender salários, a medida inviabiliza o funcionamento das
instituições.
No
dia 30 de julho foram congelados mais R$ 348 milhões, destinados a livros
didáticos.
E no
último dia 6, projeto de Bolsonaro encaminhado ao Congresso “remaneja” mais R$
3 bilhões dos ministérios, sendo um terço disso das universidades.
IMAGEM:
RBA
FONTE:
https://www.redebrasilatual.com.br/educacao/2019/08/tsunami-educacao-governo-autoritario/
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