quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Professores mostram como a Lava Jato destruiu a economia!



No artigo - Consequências econômicas da Operação Lava-Jato – os professores Luiz Fernando de Paula, professor da UFRJ e Rafael Moura, doutorando de Ciências Políticas do UERJ.
Destrincharam o que o Resistência Contemporânea e todos os veículos de imprensa sérios desse país vêm falando já há algum tempo...
A Lava Jato, dirigida pelo infiltrado ex juiz Sérgio Moro, destruiu grande parte da economia brasileira.
É importante notar que, praticamente todos os indicadores negativos se aprofundam a partir da crise criada após a não aceitação da vitória de Dilma sobre Aécio em 2015.
Ali, com o governo sitiado politicamente, Dilma não mais pode governar...
O governo foi completamente boicotado por seus adversários no Congresso, no Judiciário e, na mídia conservadora.
Nesse cenário a macro economia foi para o brejo...
Nossa avaliação é, se não tivesse sido impedida de governar Dilma Roussef poderia ter tirado o Brasil da crise mantendo certo nível de emprego, inflação sobre controle, valorização monetária ...
E, as instituições e a democracia em pleno ou razoável funcionamento...
Mas não foi isso que aconteceu, todos e todas viram que Dilma Roussef foi derrubada através de um golpe parlamentar/jurídico/midiático...
Que levou o país a esse cenário fascista e de destruição total que vivemos.
Estudamos o artigo e destacamos alguns pontos que consideramos importantes.
“No dia 1º de janeiro de 2011, quando o então presidente Lula entregou a faixa presidencial para Dilma Rousseff, o ambiente envolvendo o Brasil era de enorme otimismo.”
“No plano econômico, o país acabava de registrar uma impressionante taxa de crescimento do PIB na ordem de 7,5% ao ano, uma das maiores vistas na Nova República.”
“Concomitantemente, em plena crise financeira global, o governo adotara um conjunto de medidas anticíclicas a partir do final de 2008 que permitiram uma rápida recuperação econômica e contínua queda dos níveis de desemprego.”
“Na esfera política, Dilma herdava uma enorme popularidade e base congressual relativamente confortável para a implementação de sua agenda.”
“Anos depois, o quadro se reverteu dramaticamente.”
“No plano econômico, o crescimento marcante na década de 2000 deu lugar a uma desaceleração gradual seguida de forte recessão em 2015 e 2016, acompanhada de agudo aumento do desemprego (de 4,9% em fins de 2014 para 11,2% em maio de 2016 quando a presidente deixa o cargo).”
“Já na esfera política, o cenário das eleições altamente polarizadas de 2014 se deteriorou e assistiu a mobilizações contra Dilma Rousseff e o PT, para além da relação cada vez mais conflituosa entre o Poder Executivo e o Legislativo, capitaneado por Eduardo Cunha.”
“O desfecho desse quadro foi a deposição da mandatária via um contestado processo de impeachment, tendo como alegação o discutível argumento de “pedaladas fiscais”.” (Um golpe de Estado).
“Intimamente imbricada a toda essa turbulência econômica e política do país esteve a Operação Lava-Jato, formalizada a partir de 2014 e com forte impacto tanto para a crise política quanto econômica.”  (Vejam em que momento surge a Lava Jato)
“A Operação se mostrou nevrálgica para o desfecho visto em duas cadeias produtivas até então pujantes e interligadas da economia: a de petróleo e gás e a de construção civil.”
“Não é tarefa fácil estimar o impacto agregado da Operação Lava-Jato sobre a economia.”
“Consultorias tais como GO Associados e Tendências, por exemplo, calculam algo em torno de 2 a 2,5% de contribuição nas retrações do PIB de 2015 e 2016 respectivamente, em função dos impactos nos setores metalomecânico, naval, construção civil e engenharia pesada cujas perdas podem totalizar até R$ 142 bilhões.”
“Os principais efeitos da crise se concentraram na indústria de construção civil, sofrendo com a paralisia resultante da retração aguda dos investimentos estatais pelos efeitos da Lava-Jato.”
“Os indicadores são impressionantes: entre 2014 e 2017, o setor registrou saldo negativo entre contratações e demissões de 991.734 vagas formais (com preponderância na região Sudeste); entre 2014 e 2016, representou 1.115.223 dos 5.110.284 (ou 21,8%) da perda total de postos da população ocupada no período.”
“Quando analisamos as maiores empreiteiras, seu desmonte e descapitalização também são notórios. Os dados levantados pelo jornal “O Empreiteiro” mostram que somente entre 2015 e 2016, por exemplo, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa tiveram queda em suas receitas brutas de, respectivamente, 37%, 31% e 39%.”
“A Odebrecht é o caso mais emblemático: a maior construtora nacional tinha, em 2014, um faturamento bruto de R$ 107 bilhões, com 168 mil funcionários e operações em 27 países.”
“Já em 2017 – quase quatro anos após a eclosão do escândalo e seu presidente/herdeiro preso – seu faturamento era de R$ 82 bilhões, com 58 mil funcionários e atividades apenas em 14 países.”
“Setor de petróleo e gás foi a ponta de lança do processo de desmonte da engenharia e infraestrutura do país.”
“Outros gigantes do setor – Queiroz Galvão, OAS, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa – também tiveram um derretimento de seus ativos financeiros consolidados de uma ordem de R$ 25,77 bilhões em 2014 para aproximadamente R$ 8,041 bilhões em 2017 (perda de 68,6%).”
“Muitas empreiteiras, obrigadas a executarem planos de desinvestimentos para adequar-se ao novo cenário de menos projetos e obras, além de arcar com pesados acordos de leniência junto às autoridades, também se desfizeram de muitos ativos para grupos estrangeiros: Odebrecht inicia processo de venda da subsidiária Braskem, até então a maior firma petroquímica da América Latina produtora de biopolímeros com participação expressiva da Petrobras, ao grupo holandês Lyondell Basell; Andrade Gutierrez vende seu controle sobre a Oi para acionistas holandeses e portugueses; Camargo Corrêa vende a CPFL para a chinesa State Grid.”

FONTE:

Acesse matéria completa a seguir:

De Luiz Fernando de Paula, professor do IE/UFRJ e coordenador do Geep/Iesp/UERJ, e Rafael Moura, doutorando de Ciências Políticas do Iesp/UERJ


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