O
ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes disse que a condenação do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo do tríplex do Guarujá (SP)
pode ser anulada.
“Anular
a condenação (do Lula) se eventualmente ocorrer por questão de suspeição, isso
leva a um novo processo. Eventualmente isso pode ocorrer”, disse.
“É
importante fazer essa análise com todo o desprendimento. A mídia se tornou num
determinado momento muito opressiva.
O
bom resultado não é só aquele que condena.
Isso
não é correto.
A
gente tem que reconhecer que devemos ao Lula um julgamento justo”.
O
site The Intercept Brasil, cita conversas de Moro e o chefe da força-tarefa da
operação no Ministério Público Federal, Deltan Dallagnol.
Questionado
se Moro cometeu crime no episódio revelado pelas mensagens, Mendes disse que há
“fortes indícios de muitas irregularidades que podem ser crimes em relação aos
partícipes dessas conversas todas”.
Para
Mendes, nos vazamentos há “coisas bastante graves” que podem ter repercussão
para o caso do ex-presidente.
Houve
uma “terrível coação” de delatores.
“Vamos
ter esse debate, inclusive sobre a prova ilícita e a prova ilícita em relação a
quem, em relação ao réu se isso eventualmente pode beneficiá-lo”, disse.
“Tudo
é muito sério, tenho dito que, considerando a abrangência da operação e também
o envolvimento do Judiciário e da Procuradoria, que esse é o maior escândalo
envolvendo o Judiciário desde a redemocratização”, acrescentou, referindo-se às
mensagens vazadas.
“A gente tem que ter muito cuidado. O combate
ao crime não pode envolver o cometimento de crimes. A luta contra a corrupção
prossegue, tem que prosseguir, com uma institucionalização maior”, disse. “A
ideia do monopólio da luta contra a corrupção leva a situações como essa”,
avaliou.
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