por José Gilbert Arruda Martins
Na Idade Média europeia, a religião era instrumento das classes ricas para, além de controlar socialmente, perseguir, prender, torturar e assassinar opositores políticos e a organização dos trabalhadores e das mulheres.
Milhares de inocentes queimaram na fogueira do ódio pregado por religiosos fundamentalistas da época.
Tudo ou quase tudo era proibido.
As pessoas, principalmente do povo, eram surpreendidas em suas vidas por uma política surda de denuncismo que apavorou durante séculos a Europa Medieval.
O pastor Silas Malafaia, do alto da sua arrogância e destempero, resolveu se insurgir contra uma empresa de cosméticos, que está fazendo em TV aberta um anúncio com casais sobre presentear no dia dos namorados.
O pastor deveria se preocupar com outras coisas.
Deveria se preocupar em atender bem seus seguidores e fazê-los livres, felizes e defensores da liberdade, da igualdade e da diversidade.
Quanta hipocrisia, quanta tolice, quanto preconceito e desrespeito.
Assisti com minha Família, elogiei de primeira, fiquei feliz em ver uma empresa do porte da Boticário, levar um anúncio na TV aberta com tanta sensibilidade e respeito pela diversidade.
Deixem de hipocrisia, os neopentecostais ultraconservadores querem controlar com mão de ferro a vida de seus seguidores, nem que para isso abusem da arrogância e façam apologia à violência em suas pregações.
Respeitem a individualidade, parem de se intrometer onde não são chamados.
Os pastores sérios, e eu conheço muitos, estão preocupados com a Liberdade, com o bem-estar de seus seguidores e não em trancafiá-los em amarras invisíveis do preconceito, do "não pode isso, não pode aquilo".
Sou professor há mais de 25 anos.
Conheço centenas de jovens seguidores de determinadas religiões que dizem que são infelizes, que não suportam o controle de alguns pastores.
Esse controle quase absoluto e invisível para muitos, pode deixar marcas profundas, as pessoas estão cansadas desse tipo de pregação e muitos estão assustadas com a violência defendida nelas.
Deus é amor, é tolerância é liberdade, é responsabilidade e não essa prepotência e suposta verdade alardeada por pastores irresponsáveis.
Vivemos novos tempos, não podemos permitir um retorno a ideias medievais onde muitos penaram a violência pregada do alto dos púlpitos.
Chega de hipocrisia.
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