Foto: acervo click humano
Por José
Gilbert Arruda Martins
Logo,
logo a esplendorosa Paris começará a pensar em um programa de governo que dê
amparo aos miseráveis da cidade; a “cidade luz” está recheada de moradores de
rua, são cerca de 130 mil pessoas.
A crise econômica
que se abateu sobre o mais rico continente do mundo desde 2009, junto a um
sistema econômico excludente tem “fabricado” dia após dia milhares de
miseráveis que estão “importunando” a antes bela e rica avenida Champs Elysees.
(Fania Rodrigues, Carta Capital)
Aqui em
Brasília-DF, recebemos hoje na escola, dentro do projeto Click Humano, quatro
moradores de rua, alunos e aluna da Escola Meninos e Meninas do Parque,
acompanhados do vice diretor Jorjão e três professoras, foi uma tarde diferente
para nossos alunos e alunas, conversamos durante mais de duas horas, iniciamos
com a história de vida de cada um deles e depois abrimos para as perguntas.
Se a
cidade de Paris ainda não sabe o que fazer com seus “restos humanos”, nós do
projeto Click Humano sabemos.
Se a
sociedade brasileira e parisiense não se importa, nós nos importamos.
Estamos
aprendendo a encarar, estudar e entender uma dura realidade, criando e
despertando cidadania, aprendendo a ser tolerantes com o diferente.
Os alunos
e alunas do projeto Click Humano, definitivamente, depois do encontro de hoje,
que foi apenas um primeiro passo de muitos que iremos dar, estão aprendendo a
tratar as pessoas que moram nas ruas como gente, gente que por algum motivo
vive nas ruas de Brasília e não como “restos” que se joga fora, que se
abandona, que não queremos mais; o encontro de hoje é apenas um início, um
começo de caminho na construção de jovens que enxergam o outro, que veem o
outro e assim se veem, se encontram.
Parabens Professor pelo brilhante trabalho de humanizar as salas de aula, transpondo os muros da escola, o caminho das Ciencias Humanas é de fato este, instigar o pensamento critico por meio dos sentidos e do Coração. Conteudos frios e conceituais não tem sentido. Abraços Markes Cristiana
ResponderExcluirEsse trabalho me emocionou muito e me conscientizou de como nós tratamos algumas pessoas só por que elas são negras ou até mesmo pobres , nós devíamos nos envergonhar da maneira que tratamos as pessoas , sendo elas negras , brancas , pardas e etc... A sociedade , como você disse Gilbert , é muito individualista , e eu acho que se nós não fossemos tão individualistas não seria a sociedade como ela é hoje! Esse projeto foi muito bom e eu o parabenizo por tal ato de nos presentear com essa visita, essa palestra e essa lição de vida! Está até mesmo no seu blog: a sociedade muda quando os indivíduos que vivem nela mudam!
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