Você que ler
regularmente, que se preocupa com o país e o seu povo, que assiste aos
telejornais com espírito crítico, tendo o cuidado de entender e perceber os
dois lados da notícia, deve ter observado que a grande mídia, principalmente a
globo através do seu jornal nacional, passou mais de três semanas divulgando
diariamente matérias atacando o governo por causa da compra da refinaria de
Pasedena, agora, os fatos estão sendo “des-cobertos”; por isso tenho insistido,
o Brasil precisa de uma lei moderna que democratize os meios de comunicação no
país. Urgente.
Leia abaixo
matéria que ajudará a entender o mau que o mau jornalismo faz nesse país.
Por: José
Gilbert Arruda Martins
Por: Helena Sthephanowitz/ Blog da
Helena
Fonte: http://www.tvt.org.br/blog/petrobras-tem-chance-historica-de-aplicar-corretivo-no-mau-jornalismo
Quando a esmola é demais, o santo desconfia, já
dizia minha avó. No caso da Petrobras, a esmola demais é o quase silêncio do
governo federal durante semanas diante de ataques à imagem da empresa, usando a
compra da refinaria de Pasadena e outros casos que "não pegaram".
Só duas coisas poderiam explicar essa conduta. A
primeira seria a tranquilidade do conhecimento do terreno onde pisa. A oposição
estaria escolhendo lutar em um terreno favorável à gestão da empresa e ao
próprio governo. Seria mais ou menos como atrair tropas para emboscadas, no
caso de guerras.
A oposição avança sobre a Petrobras, mas a empresa
vive um ano particularmente bom, quebrando recordes após recordes de produção.
Até mesmo um relatório final de uma auditoria interna de 45 dias sobre todo o
processo de compra da Refinaria de Pasadena pode se revelar favorável às
decisões tomadas pela empresa.
Neste caso a oposição avança muito agora, mas
estaria avançando em uma areia movediça, que a levaria a afundar nos próximos
meses. Justamente no período eleitoral mais quente, as denúncias de
irregularidades estariam esvaziadas, pelo menos em parte, seja pela
improcedência, seja pela punição de eventuais responsáveis, e a empresa estará
apresentando resultados robustos dos investimentos, o que desmentirá as
críticas à gestão. O que restará à oposição dizer? Que aumentará a gasolina em
obediência à mão invisível do mercado internacional?
A segunda explicação seria aplicar uma espécie de
corretivo exemplar ao mau jornalismo, que não espera apurar informações e já
faz seus "testes de hipóteses", pré-condenando negócios e pessoas com
base em boatos. Esse corretivo viria através do departamento jurídico da
empresa exigindo direito de resposta à altura dos ataques recebidos.
Imagine o Jornal Nacional da TV Globo passar alguns
dias tendo que ler direito de reposta após direito de resposta. Imagine as
revistas terem de ceder toda semana páginas e mais páginas para a publicação de
desmentidos de reportagens erradas de edições passadas. Imagine o mesmo com os
jornais. Seria a própria desmoralização da qualidade do jornalismo dos veículos
de imprensa que tiveram má conduta.
Pois a Petrobras está com esta chance histórica nas
mãos. De onde veio a lorota repetida centenas de vezes de que a refinaria de
Pasadena custou apenas US$ 42,5 milhões um ano antes da Petrobras entrar no
negócio? Hoje se sabe com certeza que custou pelo menos US$ 360 milhões,
comprovados em balanços oficiais.
Todas as reportagens que espalharam a informação
falsa, sem qualquer apuração séria, são motivo de sobra e irrefutável para
exigir direito de resposta. Se a mentira foi repetida dez vezes no mesmo
telejornal, a Petrobras deve exigir dez direitos de resposta. Se usaram
infográficos para mentir de forma mais didática, o direito de resposta deve
usar infográfico também para desmentir.
No último dia 17 a empresa
Astromarítima Navegação ganhou um direito de resposta de 50 segundos no Jornal Nacional.
O telejornal havia feito matéria antes, no dia 14, induzindo o telespectador a entender
que o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto da Costa, cobraria comissão da
empresa por contratos com a Petrobras. No dia 17, o apresentador Heraldo
Pereira teve que ler o desmentido: "A empresa Astromarítima procurou o
Jornal Nacional para mostrar o contrato de busca por novos investidores – que
nada tem a ver com os contratos que a empresa tem com a Petrobras".
A Astromarítima, segundo o noticiário, tem
contratos de fretamento de embarcações no valor de quase meio bilhão de reais.
É uma empresa de grande porte que atua desde a década de 80, tendo a Petrobras
como um de seus principais clientes. A própria TV Globo deve ter sentido o
cheiro do preço que um processo por danos poderia acarretar se não provasse as
ilações veiculadas.
Pois a Petrobras tem uma marca e uma imagem de
muito mais valor do que a Astromarítima, e nada justifica que não exerça seu
direito de resposta. É provável que a própria TV Globo e outros veículos de
imprensa ofereçam alguns segundos à Petrobras para o desmentido de informações
comprovadamente falsas, sem disputa judicial. Mas isso não seria suficiente
para reparar os danos.
A Petrobras deve exigir direito de resposta
proporcional aos danos causados à sua marca e à sua imagem. Se os veículos de
imprensa não concederem amigavelmente, deve exigir na Justiça. Se isso ocorrer,
como processos judiciais às vezes demoram anos, a Petrobras bem que poderia
fazer um jornalzinho para distribuir nos postos do tipo "verdades e
mentiras", mostrando reportagens falsas publicadas por aí e os fatos reais
que as desmentem. Inclusive explicar que o jornal está sendo distribuído porque
as TVs, jornais e revistas não deram direito de resposta. É claro que versões
para internet adequadas às redes sociais também devem ser produzidas.
Em 2009, quando a empresa foi atacada pela
oposição, rebateu com o Blog Fatos e Dados. Desta vez, só tardiamente este blog
passou a rebater informações que atingem a empresa e, mesmo assim, de forma
mais tímida. Dessa vez, para fazer do limão a limonada, só direitos de resposta
exemplares resolvem.
A Petrobras está com uma chance histórica nas mãos
de combater o mau jornalismo que a atingiu. Vai perder?
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