Foto acervo click humano
Por José
Gilbert Arruda Martins
O sistema
capitalista é uma fábrica de “sonhos”.
O sistema
capitalista é uma fábrica de pesadelos.
A fábrica
de sonhos funciona de forma diferente para as classes pobres e médias/ricas,
nesses grupos sociais abastados, no geral, os “sonhos” já foram ou estão sendo
concretizados, é o carro novo para andar no engarrafamento – as pessoas adoram
os engarrafamentos – eles (engarrafamentos) já fazem parte dos debates “intelectuais”
das reuniões de amigos para o churrasco de domingo com carne da Friboi; outro
ponto do debate “inteligente” é o cartão de crédito, o salário acabou por causa
do consumismo desenfreado, só restou o cartão para tentar continuar sonhando,
por isso vamos ao shopping, importante é consumir; alguns vão até aos shoppings
de Miami nos EUA ou na Europa.
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As outras
classes, média baixa e pobres em geral, estão num dilema da moléstia, compram
alimento ou passeiam no shopping? Pagam o aluguel ou compram a TV tela grande?
O “sonho” tem hora que parece distante, longe das mãos e do salário.
O sistema
capitalista é um pesadelo para todos aqueles que não conseguiram entrar no
sistema de consumo, por que consumir, não importa se não vai dormir, é o que é
importante, consumir...consumir...consumir...
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O
pesadelo para muitos é, além de não ter acesso digno à alimentação numa mesa,
junto à família, é “morar” nas ruas das médias e grandes cidades do Brasil e do
mundo.
O sistema
capitalista, como uma fábrica de pesadelos, produz miseráveis todos os dias, em
Paris são milhares, no Rio são cerca de 8 a 10 mil segundo estatísticas da
prefeitura, em São Paulo, cerca de 14 a 16 mil e em Brasília, dados de uma
pesquisa da Universidade de Brasília de 2010, são cerca de 2,4 mil.
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Fábrica
de “sonhos” para uns, pesadelo para outros, penso que a escola tem a obrigação
de provocar o debate do sistema, nós professores e professoras não podemos
virar os olhos para essa realidade, não é minha condição de assalariado em um
nível supostamente melhor que pode me impedir de enxergar uma realidade nua e
crua, precisamos urgentemente entrar no debate, esse modelo de
desenvolvimento econômico está mais do que falido.
Foto acervo click humano
No
Projeto Click Humano, faremos hoje, dia 20/05 a segunda rodada de bate
papo com pessoas em situação de rua do Distrito Federal, o encontro será a
partir das 13h30 no auditório da escola, as turmas “B”, “C” e “E” serão as
contempladas, nosso maior objetivo é provocar mudança de atitude nos nossos
alunos e alunas sobre a concepção de ser humano que cada um tem ou precisa ter,
despertar o sentimento de cidadania e de ver o outro para ver-se completamente
como pessoas, como gente preocupada em pensar o outro, sentir pelo outro, se
colocar no lugar do outro, RESPEITAR o outro (a).
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