quarta-feira, 15 de julho de 2015

Vida longa ao Papa!

por José Gilbert Arruda Martins
Para fazer as mudanças que a Igreja católica precisa, não será da noite para o dia, requer um tempo de anunciação, de preparação, educação social e implementação.

As mudanças que a sociedade, católica ou não, precisa, exige profundidade de propósitos, e o Papa parece que entendeu.

O Papa Francisco, o primeiro em dois mil anos, de fora da Europa, já está fazendo História. Essa viagem à América latina, em visita aos três mais pobres países da região já deve ser encarado como um avanço, os Papas anteriores, além de cheios de pompas, eram distantes do Povo.

As críticas do pontífice ao sistema capitalista são muito bem vindas, espero que produza pelo menos o início de mudanças significativas à toda sociedade humana.

O sistema capitalista é profundamente excludente, e o Papa enxerga isso e, de forma clara, vem pautando suas falas também em cima dessa questão que precisa ser debatida e aprofundada urgentemente.

A América Latina é uma das regiões mais lindas do mundo, de um Povo maravilhoso e trabalhador, merece, portanto, governos e sistemas econômicos voltados a solucionar problemas ligados diretamente a eles - Povo -, como, por exemplo, o tema da distribuição da riqueza e da Reforma Agrária Popular.

Distribuição de riqueza e reforma agrária popular, exigem medidas que não serão fáceis de serem tratadas, por que irão mexer em privilégios de uma minoria de ricos que montaram nas riquezas do continente e não irão permitir as transformações que precisamos fazer.

Por isso as palavras do chefe da Igreja católicas são importantes para servir como catalizador para agregarmos as forças necessárias para as grandes mudanças e transformações que a América latina começa a fazer.

Precisamos, no entanto, empolgar as cúpulas católicas dos diversos países da região, tem muitos cardeais, bispos e padres que não gostam do cheiro do Povo e, muito menos de ajudar a fazer as transformações econômicas, sociais, culturais e políticas que a América e o mundo precisão fazer.

São religiosos distantes dos interesses dos trabalhadores e do Povo pobre, muitos desses religiosos nunca irão apoiar nenhum movimento que retire dos ricos, pelo menos uma parte, e entregue ao Povo, esses deveriam largar o osso e fazer outra coisa ligada às elites e abandonar de vez o sacerdócio, suas atitudes não combinam com a Igreja nem do velho e, muito menos do novo Francisco.

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