segunda-feira, 25 de maio de 2015

Lições da Grécia, atual, não a Antiga

por José Gilbert Arruda Martins

Na escola, aprendemos que um dos berços da nossa civilização foi a Grécia Antiga. 
De lá conhecemos a democracia das elites, a filosofia de Sócrates, Platão...a cidadania...
Agora, século XXI, temos através de um partido político e de um governo de esquerda, a oportunidade de continuarmos aprendendo.

Os gregos, por não aceitar retirar direitos dos trabalhadores e do Povo, resolve não pagar a sua dívida com o FMI.

Para quem não sabe, o FMI é uma organização financeira internacional, dirigida pelos países ricos - EUA, Inglaterra, Alemanha... -, que empresta dinheiro e usa as cláusulas contratuais para destruir toda e qualquer soberania nacional e direitos sociais conquistados e a conquistar, onde o FMI entra, o que sobra é "terra arrasada".

Pois é, a Grécia resolve peitar o FMI e sua fome de maldades.

Levy e o governo brasileiro, poderiam aprender com os gregos, não filosofia ou democracia, mas economia.

Aprender que não pode retirar direitos dos trabalhadores a fim de pagar dívidas. Não podemos frear os avanços sociais, educação, saúde públicas, para atender aos reclames das elites endinheiradas.

A Alemanha deve à Grécia milhões em indenizações da Segunda Grande Guerra (1939 - 1945). Por que não amortizar a dívida com esses recursos, em vez de matar o Povo grego de desemprego e fome?

O Brasil, quando Lula da Silva livrou-nos do FMI, deveria ter cobrado da Inglaterra e de Portugal (Portugal não teria condições financeiras), milhões e milhões em ouro que nos foi roubado na época da colonização e do imperialismo do século XIX.

Costumo dizer em sala de aula, que, antes do turista brasileiro fazer a foto com o guarda britânico de chapéu engraçado, deveria sentir o cheiro do ouro, do sangue dos nossos índios e da violência, impregnado nas edificações seculares inglesas do centro histórico de Londres.

Grande e importante parte da riqueza dos ingleses e europeus de hoje, se deve à violência e à rapina perpetrada na América Latina na era colonial e, principalmente durante o violento Imperialismo do século XIX.

Isso, nossos jovens precisam conhecer, antes do carinha de chapéu ridículo.

Nosso ouro e nosso sangue, estão lá, quando iremos buscá-los?

Parabéns aos gregos, parabéns ao governo grego, parabéns ao Syriza.

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