Segundo dados do Programa
Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, nos últimos dois anos a meta de
ter 95% da população-alvo vacinada não foi alcançada.
Vacinas importantes como a
Tetra Viral, que previne o sarampo, caxumba, rubéola e varicela, teve o menor
índice de cobertura: 70,69% em 2017. (abr de 2019)
Segundo a OMS, a vacinação
evita de 2 a 3 milhões de mortes por ano, e outro 1,5 milhão poderia ser
evitado se a cobertura vacinal fosse melhorada no mundo.
Não vacinar seu filho afeta
a saúde dele e de outras crianças.
Você consegue imaginar um
mundo sem vacinas? Pois essa realidade não é tão antiga assim. Vamos voltar no
tempo, lá para o início do século 20. Naquela época, uma em cada cinco crianças
morria de alguma doença infecciosa antes de completar 5 anos de idade.
Graças às vacinas, doenças
terríveis e altamente contagiosas foram quase erradicadas. Algumas, como a
varíola, de fato sumiram do mapa.
Com o Brasil vivenciando um
surto de sarampo, além do aumento dos casos de febre amarela, o Ministério da
Saúde quer reduzir as despesas com a aquisição e distribuição de vacinas em R$
393,7 milhões no próximo ano.
A proposta de corte está
contida no projeto de lei orçamentária que foi encaminhada pelo governo
Bolsonaro ao Congresso Nacional no final de agosto.
Quem também reclamou foi o
ex-ministro da Saúde e deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) que foi à
Tribuna da Câmara para denunciar um corte orçamentário promovido pelo governo
de Bolsonaro.
Afirmou Padilha:
“Foi encaminhado pelo presidente Bolsonaro a
proposta de orçamento do Ministério da Saúde pro ano de 2020 e o que mais me
surpreendeu foi a proposta de redução dos recursos do Programa Nacional de
Imunização, o programa nacional de vacinas. O Brasil está vendo a reemergência
do sarampo, a falta de vacina pentavalente, a falta de vacina da polio, a
destruição do PNI e Bolsonaro reduz os recursos para 2020”, declarou.
Pelo Twitter, Padilha ainda
completou e comparou o corte no orçamento com o movimento anti-vacina.
Recentemente o movimento
antivacinação foi incluído pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em seu
relatório sobre os dez maiores riscos à saúde global.
O professor Dr. Carlos
Graeff Teixeira, do Grupo de Parasitologia Biomédica da Pontifícia Universidade
Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), sugere que os cientistas brasileiros
acelerem um movimento de divulgação sobre a utilidade das vacinas, com
informações científicas sobre os seus benefícios, com mensagens positivas e de
esclarecimento, inclusive reverenciando cientistas que já lutaram esta luta,
como Oswaldo Cruz. Para ele, é preocupante o ressurgimento de infecções onde a
cobertura vacinal caiu. Nos Estados Unidos, por exemplo, o Presidente da
Academia Americana de Pediatria (AAP, em inglês) Kyle E. Yasuda, enviou cartas
aos CEOs de três grandes empresas de tecnologia – Google (proprietária do
YouTube), Facebook (proprietária do Instagram e WhatsApp) e Pinterest –
destacando a crescente ameaça que a desinformação online de vacinas representa
à saúde das crianças.
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