sexta-feira, 6 de setembro de 2019

LULA: ‘Colocar pobre na universidade não é gasto, é investimento’



A defesa da soberania nacional foi questão central na entrevista de duas horas que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu aos jornalistas Mino Carta e Sérgio Lirio, de Carta Capital.
“O que nós precisamos é alertar a sociedade do processo de destruição que está acontecendo no país, da entrega da soberania nacional”, afirmou.
Lula afirmou ainda que a soberania está relacionada ao conhecimento, e deu como exemplo a área de engenharia, e que para se tornar uma nação soberana é preciso acreditar que educação é um investimento.
“Colocar pobre na universidade não é gasto, é investimento”.
Lula também defendeu que o Brasil não quebrou ao longo da crise dos últimos anos por conta de ter 380 milhões de dólares de reservas, um fundo que foi construído durante os governos do PT.
Lula afirmou que o povo brasileiro não sabe ainda o que significa a Lava Jato na economia, quantos milhões de pessoas perderam o emprego.
“É preciso informar as pessoas sobre o que está acontecendo no país”, disse o ex-presidente.
Ele também comentou sobre a crise das queimadas na Amazônia. “Quem está tocando fogo são os milicianos de Bolsonaro. Não são as pessoas sérias do país.”
A sociedade está começando a enxergar o que está acontecendo.
A Rede Globo é responsável por parte do ódio neste país, defendeu Lula.
Agora o PT tem que ter paciência e ajudar a arejar a cabeça da sociedade”.
Lula também comentou sobre as perspectivas do julgamento de seu caso no STF.
“Como é que vive um ser humano sem ter esperança? Haverá um momento neste país em que será dito que eu fui vítima da maior canalhice.
Mas Lula também comentou que tudo isso é secundário diante dos problemas do povo. “Se estivesse comendo melhor, estudando melhor, mas o povo é prisioneiro de uma canalhice.”
 “Eles querem desmontar o estado de bem-estar conquistado no período pós-segunda guerra”
“Mas eu acho que a verdade vai vencer”.
Depois de lembrar que chegou ao fim do seu mandato com 87% de aprovação, Lula disse que o sentimento de ódio que dominou as eleições de 2018 foi alimentado desde que ele saiu da presidência.
 “Esse ódio nós precisamos extirpá-lo, porque a sociedade não consegue construir um país nesse clima”.

FONTE:

IMAGEM:
Carta Capital



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