A
defesa da soberania nacional foi questão central na entrevista de duas horas
que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu aos jornalistas Mino
Carta e Sérgio Lirio, de Carta Capital.
“O
que nós precisamos é alertar a sociedade do processo de destruição que está
acontecendo no país, da entrega da soberania nacional”, afirmou.
Lula
afirmou ainda que a soberania está relacionada ao conhecimento, e deu como
exemplo a área de engenharia, e que para se tornar uma nação soberana é preciso
acreditar que educação é um investimento.
“Colocar
pobre na universidade não é gasto, é investimento”.
Lula
também defendeu que o Brasil não quebrou ao longo da crise dos últimos anos por
conta de ter 380 milhões de dólares de reservas, um fundo que foi construído
durante os governos do PT.
Lula
afirmou que o povo brasileiro não sabe ainda o que significa a Lava Jato na
economia, quantos milhões de pessoas perderam o emprego.
“É
preciso informar as pessoas sobre o que está acontecendo no país”, disse o
ex-presidente.
Ele
também comentou sobre a crise das queimadas na Amazônia. “Quem está tocando
fogo são os milicianos de Bolsonaro. Não são as pessoas sérias do país.”
A
sociedade está começando a enxergar o que está acontecendo.
A
Rede Globo é responsável por parte do ódio neste país, defendeu Lula.
Agora
o PT tem que ter paciência e ajudar a arejar a cabeça da sociedade”.
Lula
também comentou sobre as perspectivas do julgamento de seu caso no STF.
“Como
é que vive um ser humano sem ter esperança? Haverá um momento neste país em que
será dito que eu fui vítima da maior canalhice.
Mas
Lula também comentou que tudo isso é secundário diante dos problemas do povo.
“Se estivesse comendo melhor, estudando melhor, mas o povo é prisioneiro de uma
canalhice.”
“Eles querem desmontar o estado de bem-estar
conquistado no período pós-segunda guerra”
“Mas
eu acho que a verdade vai vencer”.
Depois
de lembrar que chegou ao fim do seu mandato com 87% de aprovação, Lula disse
que o sentimento de ódio que dominou as eleições de 2018 foi alimentado desde
que ele saiu da presidência.
“Esse ódio nós precisamos extirpá-lo, porque a
sociedade não consegue construir um país nesse clima”.
FONTE:
IMAGEM:
Carta
Capital
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