domingo, 22 de setembro de 2019

O plano de Bolsonaro para entrega da Amazônia



O governo de Jair Bolsonaro está discutindo, desde fevereiro, o maior plano de ocupação e desenvolvimento da Amazônia desde a ditadura militar.
O que liga a floresta Amazônica, o aquecimento mundial e você?
Há muito tempo a floresta Amazônica é reconhecida como um repositório de serviços ecológicos, não só para os povos indígenas e as comunidades locais, mas também para o restante do mundo.
Além disso, de todas as florestas tropicais do mundo, a Amazônia é a única que ainda está conservada, em termos de tamanho e diversidade.
No entanto, à medida que as florestas são queimadas ou retiradas e o processo de aquecimento global é intensificado, o desmatamento da Amazônia gradualmente desmonta os frágeis processos ecológicos que levaram anos para serem construídos e refinados.
Povos indígenas e outros grupos que vivem na floresta amazônica aperfeiçoaram o uso de compostos químicos encontrados em plantas e animais.
O conhecimento sobre o uso dessas plantas geralmente fica nas mãos de um curandeiro, que por sua vez repassa a tradição para um aprendiz.
Esse processo se mantém ao longo de séculos e compõe uma parte integral da identidade desses povos.
Os cientistas acreditam que menos de 0,5% das espécies da flora foram detalhadamente estudadas quanto ao seu potencial medicinal.
Ao mesmo tempo em que o bioma Amazônia está encolhendo lentamente em tamanho, a riqueza da vida silvestre de suas florestas também se reduz, bem como uso potencial das plantas e animais que ainda não foram descobertos.
A floresta amazônica não é despovoada;
Se olharmos com a visão humanista não capitalista ou rentista, indígenas, caboclos, ribeirinhos, pequenos camponeses, famílias coletoras de ervas medicinais, pescadores artesanais, pesquisadores, cientistas, curandeiros...
São os verdadeiros moradores e guardiões da floresta.
Além, óbvio, das grandes cidades da região: Rio Branco no Acre: 319.825; Manaus: 1,793; Belém: 1.410.430...
A floresta é uma verdadeira usina de beneficiamento do clima planetário...
Filtragem e reprocessamento da produção mundial de gás carbônico;
Entra o gás carbônico, sai o oxigênio;
A floresta amazônica pode curar você;
Há uma ligação entre os remédios guardados nos armários de sua casa e a vida silvestre da Amazônia: plantas e animais servem como base para a fabricação de medicamentos;
Povos indígenas e outros grupos que vivem na floresta amazônica aperfeiçoaram o uso de compostos químicos encontrados em plantas e animais;
No entanto, com o rápido desaparecimento das florestas úmidas tropicais, a continuidade desse conhecimento para o benefício das futuras gerações encontra-se ameaçada.
O governo de Jair Bolsonaro está discutindo, desde fevereiro, o maior plano de ocupação e desenvolvimento da Amazônia desde a ditadura militar.
O projeto Barão de Rio Branco retoma o antigo sonho militar de povoar a Amazônia, com o pretexto de desenvolver a região e proteger a fronteira norte do país.
Documentos inéditos obtidos pelo Intercept detalham o plano, que prevê o incentivo a grandes empreendimentos que atraiam população não indígena de outras partes do país para se estabelecer na Amazônia e aumentar a participação da região norte no Produto Interno Bruto do país.
Na apresentação, os responsáveis esmiuçaram a preocupação do governo com a “campanha globalista” que, de acordo com o material, “relativiza a soberania na Amazônia” usando como instrumentos as ONGs, a população indígena, quilombola e os ambientalistas. E afirmaram ser necessária a execução de obras de infraestrutura — investimentos “com retorno garantido a longo prazo” —, como hidrelétricas e estradas, para garantir o desenvolvimento e a presença do estado brasileiro no local.
A questão é:
Quem foi ouvido para a construção desse projeto/plano?
O povo da floresta foi ouvido? Teve seu momento de fala?
Quem será verdadeiramente beneficiado? O povo que habita a região? Ou os grandes empresários daqui e de fora?
Outra questão: Os grande projetos, da soja, dos minérios, da criação extensiva de gado etc. sempre, tiveram como consequência o aprofundamento da desigualdade social e aumento da pobreza da maioria do povo nos locais em foram implantados, o que resta para trabalhadores e trabalhadoras e as populações tingidas diretamente, são salários miseráveis e a convivência com a destruição ambiental.
Outra, quais empresas de engenharia irão construir as estradas e as grandes obras do plano?
As empresas brasileiras, Odebrecht, OAS, Camargo Correia etc. foram quebradas pela Lava jato de Sérgio Moro e Dallagnol...
Quais grandes empresas irão assumir projetos bilionários como esses?
Empresas dos EUA?
Então é verdade que a Lava Jato quebrou a engenharia brasileira para que o país deixe entrar as empresas estadunidenses?
Logo na Floresta Amazônica?
O mapeamento das riquezas e minerais estratégicos já foram passados aos EUA?
Ou eles mesmos já fizeram isso?
Pois possuem tecnologia para tanto?
É uma questão que precisa ser urgentemente conhecida pelo povo brasileiro e debatida com a sociedade civil.

Por José Gilbert Arruda Martins

FONTE:
IMAGEM:
Pensamento Verde

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