domingo, 30 de junho de 2019

O RATO MORO E SUA NINHADA DE CAMUNDONGOS



O que fazer com uma ninhada de camundongos?

por Luis Felipe Miguel

Não, o Intercept Brasil não vai trazer uma solução miraculosa e nos liberar da cansativa tarefa de fazer o trabalho político.
por Luis Felipe Miguel
Moro soltou seu mau latim no Twitter para dizer que as revelações do Intercept Brasil eram a montanha parindo um rato.
Sob qualquer parâmetro do direito e da moral, as revelações não podem ser consideradas “um rato”.
Elas exibem um juiz traindo suas obrigações profissionais mais elementares, cometendo crimes, participando de uma conspiração contra o regime democrático.
Para que sejam entendidas, basta alcançar um princípio muito simples: a imparcialidade do juiz.
Em qualquer lugar do mundo, as conversas divulgadas com o MP seriam mais do que suficientes para a queda e prisão de Moro, de Dallagnol e do resto da turma, a libertação dos réus que foram vítimas de suas maquinações e a anulação das eleições fraudadas de 2018.
Mas não estamos em qualquer lugar do mundo. Estamos no Brasil de Bolsonaro.
Depois de titubear um pouco, Moro e seus “acepipes”, como diria o ministro da Educação, logo encontraram o caminho para sua defesa: o cinismo puro e simples.
Negam o óbvio, enquanto piscam o olho para sua plateia.
Temos a corregedoria do MPF se apressando em arquivar qualquer investigação. Temos manifesto de centenas de juízes afirmando que se mancomunar com uma das partes é prática corrente e aceitável. Temos a Rede Globo. Temos o Supremo, um poder minúsculo, que não está só acovardado, como certa vez disse Lula, mas é cúmplice ativo da destruição do Brasil.
A multidão de mínions, que teme usar o próprio cérebro mais que o diabo teme a cruz, produz sua própria mistura de cinismo e ignorância.
Moro perde popularidade, perde a luz própria que sempre mais simulou do que de fato teve, e se torna de vez um boneco na mão de Bolsonaro.
Se dependesse de suas próprias forças, estaria frito. Mas está protegido pelo arco amplo da direita – bolsonarismo, MBL, Globo, FHC – que entendeu que o caminho do cinismo é o único seguro para garantir a continuidade do golpe de 2016.
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