A
construção da elite brasileira passa, que me perdoe Jesse Souza, pela chagada
dos invasores portugueses, ali se apresentava o embrião de uma classe social
perversa e mesquinha.
Os
indígenas da nova terra sofreram na pele e na alma o roubo de suas riquezas a
exploração do seu corpo...
As
mulheres indígenas, muitas delas, crianças, sofreram estupros e todo tipo de
violência para saciar a sede de sexo dos recém-chegados conquistadores...
Com
o açúcar aparece o senhor de engenho, continuaram os estupros e, abre-se uma
nova onda na relação social, além da escravidão indígena, monta-se uma mega
estrutura para exploração da escravidão negra...
Essa
estrutura econômica convivia facilmente com outras, a organização social
baseado no patriarcado, no mandonismo, na vigilância do capitão-do-mato...
A
história brasileira foi marcada profundamente pela violência bruta das elites
contra o povo...
A
escravidão indígena, a escravidão negra e a acumulação de riqueza nas mãos das
elites mostram historicamente isso...
Para
esconder essa infâmia escritores e pesquisadores elitistas criarão a grande
mentira do “brasileiro cordial”...
Essa
mentira pegou, se alastrou e conseguiu esconder por bastante tempo a violência
que é marca das elites contra os de baixo...
Agora,
das manifestações de 2013, passando pelo golpe de 2016 às micaretas fascistas,
o ódio das elites é desvelado...
As
manifestações contra as esquerdas...
As
manifestações orquestradas pela Globo e a grande mídia conservadora, destampou
a panela do ódio outrora oculto...
O
brasileiro fascista, normalmente de classe média branca, teleguiado pelas
elites, não tem nenhuma vergonha de dizer que odeia pobre, orgulha-se de ser
racista, que é homofóbico ou que bate em mulher...
As
elites, elas mesmas não falam, ficam do seu bunker, teleguiando através dos
bolsominions seu ódio histórico contra o povo negro, as populações periféricas,
os gays, os quilombolas, indígenas e pobres em geral...
As
elites usam parte da classe média branca como capitão-do-mato numa tentativa
desesperada de controlar e impedir a ascensão social do povo explorado às
universidades e locais de convívio que antes só entravam os privilegiados do
sistema...
Uma
coisa positiva podemos constatar...
A classe
trabalhadora, o povo em geral conhece agora quem são seus algozes, só apoia se
quiser...
Por
José Gilbert Arruda Martins
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