O
senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) empregou nove parentes de Ana Cristina
Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, no período em que foi
deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio.
A
maioria deles vive em Resende, no Sul do estado e todos tiveram o sigilo fiscal
e bancário quebrado por decisão do Tribunal de Justiça do RJ.
Em
Resende, o vendedor aposentado José Procópio Valle e Maria José de Siqueira e
Silva, pai e tia de Ana Cristina, jamais tiveram crachá funcional da Alerj. Ele
ficou lotado cinco anos e ela, nove.
Já a
irmã Andrea Siqueira Valle e o primo Francisco Diniz constaram como
funcionários por mais de uma década e só há registro de crachá para o ano de
2017.
Diniz
é o que ficou mais tempo lotado, um total de 14 anos. Durante esse tempo, ele
cursou a faculdade de veterinária, em período integral, em Barra Mansa, também
no Sul do estado.
O
grupo de familiares é alvo da investigação que apura a prática de “rachadinha”
no gabinete, devido às movimentações atípicas, em um total de R$ 1,2 milhão, de
Fabrício Queiroz, outro ex-assessor.
Em
Guarapari, no litoral do Espírito Sаnto, a fisiculturista Andrea Siqueira
Valle, de 47 anos.
Quem
conhece Andrea agora não imagina que, até agosto de 2018, ela tinha um salário
bruto de R$ 7.326,64, além de receber um auxílio educação de R$ 1.193,36.
Ela
esteve lotada no gabinete de Flávio Bolsonaro desde 2008, sendo que, por nove
anos, jamais teve identificação funcional.
Lotado
no gabinete de Flávio Bolsonaro por 14 anos, o veterinário Francisco Siqueira
Guimarães Diniz, de 36 anos, é primo de Ana Cristina e filho de Marina Siqueira
Diniz, tia da ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro e também ex-assessora de
Flávio. Tanto mãe como filho tiveram os sigilos fiscal e bancário quebrados
pela decisão judicial.
Diniz
chegou a ganhar um salário bruto de R$ 7.326,64, com direito ainda a
auxílio-educação de R$ 1.052,34. Ele só foi exonerado em fevereiro de 2017.
Apesar de estar lotado por 14 anos, somente em 2017, quando ele só constou como
funcionário por dois meses, é que foi pedido um crachá funcional da Alerj para
ele.
A
professora aposentada Maria José Siqueira e Silva, de 77 anos. Tia de Ana
Cristina, em 2003, o deputado estadual Flávio Bolsonaro, em seu primeiro
mandato, a requisitou para seu gabinete na Alerj.
chegou
a receber um salário bruto de R$ 4.400,06. Nunca teve crachá funcional da
Alerj.
Maria
José se aposentou em 2012, logo depois da exoneração no gabinete de Flávio.
Procurada, Maria José disse que não iria se pronunciar.
O
vendedor aposentado José Cândido Procópio da Silva Valle, de 76 anos, é pai de
Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro. Ele foi nomeado no
gabinete de Flávio em 2003. Lá, teve um salário bruto que chegou a R$ 6.322,28
em 2007.
(...)
FONTE: Folha de S Paulo
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