OBRIGADO
BOLSONARO!
Em
meio a essa esquizofrenia que tomou conta da vida brasileira ano passado, um
grupo de estudantes do Instituto Federal do Rio Grande do Norte postou uma foto
tirada na sala de aula de apoio ao Bolsonaro.
Agora,
Bolsonaro como agradecimento, cortou 38,82% da verba de custeio daquele
Instituto.
Claro,
todos os Institutos sofreram cortes de recursos, todos, uns mais outros menos.
Vamos disponibilizar aqui na descrição desse vídeo a lista com os números.
Os
Institutos Federais no formato e na quantidade que possuem hoje, tem apenas 11
anos.
Essa
garotada sabia e sabe de onde surgiram os IFs?
Eles
tinham consciência da importância da educação pública e como ela é financiada?
Conheciam
a quantidade de Institutos no país antes de 2003?
"Os
institutos federais consolidaram um novo patamar para a educação brasileira com
diretrizes claras de interiorização, levando educação pública de qualidade e
excelência para todos com uma nova perspectiva pedagógica”, deputada Maria do
Rosário (PT-RS)
Toda
trabalhadora e trabalhador e seus filhos e filhas precisa buscar entender de
onde vem, como veio, que governo criou a Política Pública de interesse do povo.
Precisa
buscar entender o processo de construção daquela Política Pública que te
beneficia.
Nesse
contexto o pensador...
Karl
Marx em sua obra Manuscritos econômico-filosóficos usou o termo alienação para
descrever a falta de contato e o estranhamento que o trabalhador tinha com o
produto que produzia.
Karl
Marx foi um dos maiores pensadores sociais e políticos do século XIX.
Outra
informação que trabalhador que se preze precisa buscar.
Pois
bem, no projeto de desmonte da Educação Pública brasileira, Bolsonaro não só
diminui drasticamente verbas das Universidades Públicas mas, também dos
Institutos Federais.
Instituições
que, na sua maioria, recebem filhos e filhas do povo.
Não
entraremos aqui na questão dos grandes objetivos desse projeto que talvez seja
facilitar a privatização de todo o sistema.
Nosso
foco hoje é mostrar aos filhos e filhas de trabalhadores que é importante
entender o processo de construção social e político das coisas.
Por
exemplo, quando você come uma rapadura de sobremesa no restaurante
universitário ou no instituto, a rapadura até chegar em tua mesa passou por
diversas etapas de produção.
Conhecer
isso é, além de valorizar os trabalhadores que fizeram, conhecer o processo e a
importância do sistema de produção...quem produziu, como produziu, onde
produziu, em que circunstâncias e condições etc.
Voltando
a falar dos Institutos Federais...
Em
29 de dezembro de 2008, 31 centros federais de educação tecnológica (Cefets),
75 unidades descentralizadas de ensino (Uneds), 39 escolas agrotécnicas, sete
escolas técnicas federais e oito escolas vinculadas a universidades deixaram de
existir para formarem os Institutos Federais. Essa transformação das
instituições até então existentes em IFs foi introduzida como uma das ações do
Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), durante a gestão do então
presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Os 38 IFs contam com 643
campi localizados em 568 municípios, ofertam 11.264 cursos, de nível técnico à
pós-graduação, e registram a matrícula de 1,031 milhão de estudantes. São 43
mil professores e 34 mil técnicos-administrativos.
Até
2016, quando Dilma Roussef foi derrubada com o apoio de muitos professores e
estudantes de escolas públicas filhos e filhas de trabalhadores, essa era a situação....
Conhecer
essa realidade é parte da vida política e social de cada um e cada uma.
Não
conhecer é ser alienada, alheio à realidade que o cerca.
Bolsonaro
não fez nada de bom em 120 dias de governo.
Fez
agora, os cortes da verba nas escolas federais, chamou a atenção da garotada
que, na iminência de ficar sem onde estudar, podem ter seus véus da ignorância
e da alienação retirados.
O
maior e mais importante educador popular do mundo Paulo Freire já dizia: “Não
haveria oprimidos, se não houvesse uma relação de violência que os conforma
como violentados, numa situação objetiva de opressão”.
A
educação, a escola para além de formar mão de obra, precisa ajudar a formar
consciências, consciências de que, muitas vezes, carregamos conosco, como
mochilas pesadas, o opressor em nossa “cacunda” ou, pior, carregamos o
opressor, dentro de nós mesmos.
Obrigado
Opressor ou, desculpa ai, obrigado Bolsonaro!
*Bloqueio
de funcionamento (%) – Custeio*
*Sudeste*
Cefet/RJ
– 39,2%
Cefet-MG
–
CP2
– 36,37%
Ifes
– 38%
IFRJ
– 33%
IFF
– 30%
IFSP
– 30%
IFMG
– 39%
IFNMG
– 30%
IF
Sudeste MG – 36,6%
IFTM
– 37%
IFSULDEMINAS
– 39,86%
*Nordeste*
IFPE
– 39,5%
IF
Sertão-PE – 38,33%
IFRN
– 38,82%
IF
Baiano – 38%
Ifal
– 36,89%
IFS
– 38,6%
IFBA
– 38%
IFPI
– 30%
IFPB
– 39,8%
IFCE
– 30%
IFMA
– 38%
*Norte*
IFRR
– 35,8%
IFRO
– 37%
IFAC
– 37,18%
Ifap
– 37%
IFTO
– 34,9%
IFPA
– 30%
Ifam
– 38,6%
*Sul*
IFPR
– 36%
IFSC
– 40%
IFRS
– 30%
IFC
– 39%
IFSul
– 37,1%
IFFar
– 41,28%
*Centro-Oeste*
IFMS
– 35%
IFG
– 36,33%
IF
Goiano – 40%
IFMT
– 38,79%
IFB
– 36,52%
Nenhum comentário:
Postar um comentário