domingo, 5 de maio de 2019

OBRIGADO BOLSONARO!





OBRIGADO BOLSONARO!
Em meio a essa esquizofrenia que tomou conta da vida brasileira ano passado, um grupo de estudantes do Instituto Federal do Rio Grande do Norte postou uma foto tirada na sala de aula de apoio ao Bolsonaro.
Agora, Bolsonaro como agradecimento, cortou 38,82% da verba de custeio daquele Instituto.
Claro, todos os Institutos sofreram cortes de recursos, todos, uns mais outros menos. Vamos disponibilizar aqui na descrição desse vídeo a lista com os números.
Os Institutos Federais no formato e na quantidade que possuem hoje, tem apenas 11 anos.
Essa garotada sabia e sabe de onde surgiram os IFs?
Eles tinham consciência da importância da educação pública e como ela é financiada?
Conheciam a quantidade de Institutos no país antes de 2003?
"Os institutos federais consolidaram um novo patamar para a educação brasileira com diretrizes claras de interiorização, levando educação pública de qualidade e excelência para todos com uma nova perspectiva pedagógica”, deputada Maria do Rosário (PT-RS)
Toda trabalhadora e trabalhador e seus filhos e filhas precisa buscar entender de onde vem, como veio, que governo criou a Política Pública de interesse do povo.
Precisa buscar entender o processo de construção daquela Política Pública que te beneficia.
Nesse contexto o pensador...
Karl Marx em sua obra Manuscritos econômico-filosóficos usou o termo alienação para descrever a falta de contato e o estranhamento que o trabalhador tinha com o produto que produzia.
Karl Marx foi um dos maiores pensadores sociais e políticos do século XIX.
Outra informação que trabalhador que se preze precisa buscar.
Pois bem, no projeto de desmonte da Educação Pública brasileira, Bolsonaro não só diminui drasticamente verbas das Universidades Públicas mas, também dos Institutos Federais.
Instituições que, na sua maioria, recebem filhos e filhas do povo.
Não entraremos aqui na questão dos grandes objetivos desse projeto que talvez seja facilitar a privatização de todo o sistema.
Nosso foco hoje é mostrar aos filhos e filhas de trabalhadores que é importante entender o processo de construção social e político das coisas.
Por exemplo, quando você come uma rapadura de sobremesa no restaurante universitário ou no instituto, a rapadura até chegar em tua mesa passou por diversas etapas de produção.
Conhecer isso é, além de valorizar os trabalhadores que fizeram, conhecer o processo e a importância do sistema de produção...quem produziu, como produziu, onde produziu, em que circunstâncias e condições etc.
Voltando a falar dos Institutos Federais...
Em 29 de dezembro de 2008, 31 centros federais de educação tecnológica (Cefets), 75 unidades descentralizadas de ensino (Uneds), 39 escolas agrotécnicas, sete escolas técnicas federais e oito escolas vinculadas a universidades deixaram de existir para formarem os Institutos Federais. Essa transformação das instituições até então existentes em IFs foi introduzida como uma das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), durante a gestão do então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Os 38 IFs contam com 643 campi localizados em 568 municípios, ofertam 11.264 cursos, de nível técnico à pós-graduação, e registram a matrícula de 1,031 milhão de estudantes. São 43 mil professores e 34 mil técnicos-administrativos.
Até 2016, quando Dilma Roussef foi derrubada com o apoio de muitos professores e estudantes de escolas públicas filhos e filhas de trabalhadores, essa era a situação....
Conhecer essa realidade é parte da vida política e social de cada um e cada uma.
Não conhecer é ser alienada, alheio à realidade que o cerca.
Bolsonaro não fez nada de bom em 120 dias de governo.
Fez agora, os cortes da verba nas escolas federais, chamou a atenção da garotada que, na iminência de ficar sem onde estudar, podem ter seus véus da ignorância e da alienação retirados.
O maior e mais importante educador popular do mundo Paulo Freire já dizia: “Não haveria oprimidos, se não houvesse uma relação de violência que os conforma como violentados, numa situação objetiva de opressão”.
A educação, a escola para além de formar mão de obra, precisa ajudar a formar consciências, consciências de que, muitas vezes, carregamos conosco, como mochilas pesadas, o opressor em nossa “cacunda” ou, pior, carregamos o opressor, dentro de nós mesmos.
Obrigado Opressor ou, desculpa ai, obrigado Bolsonaro!
*Bloqueio de funcionamento (%) – Custeio*
*Sudeste*
Cefet/RJ – 39,2%
Cefet-MG –
CP2 – 36,37%
Ifes – 38%
IFRJ – 33%
IFF – 30%
IFSP – 30%
IFMG – 39%
IFNMG – 30%
IF Sudeste MG – 36,6%
IFTM – 37%
IFSULDEMINAS – 39,86%

*Nordeste*
IFPE – 39,5%
IF Sertão-PE – 38,33%
IFRN – 38,82%
IF Baiano – 38%
Ifal – 36,89%
IFS – 38,6%
IFBA – 38%
IFPI – 30%
IFPB – 39,8%
IFCE – 30%
IFMA – 38%
*Norte*
IFRR – 35,8%
IFRO – 37%
IFAC – 37,18%
Ifap – 37%
IFTO – 34,9%
IFPA – 30%
Ifam – 38,6%

*Sul*
IFPR – 36%
IFSC – 40%
IFRS – 30%
IFC – 39%
IFSul – 37,1%
IFFar – 41,28%
*Centro-Oeste*
IFMS – 35%
IFG – 36,33%
IF Goiano – 40%
IFMT – 38,79%
IFB – 36,52%

por José Gilbert Arruda Martins

Nenhum comentário:

Postar um comentário