quinta-feira, 9 de maio de 2019

A “PÁTRIA ARMADA” DE BOLSONARO



Falamos aqui no canal Resistência Contemporânea sobre o descalabro, o desrespeito às leis, que foi a operação policial/política do irresponsável governador do RJ Witzel quando de helicóptero autorizou policiais atirarem contra comunidades pobres de Angra sábado dia 4/5.



Apenas dois dias depois desse fato a mesma corporação que atuou em Angra, provocou a morte de oito pessoas, nesta segunda-feira (6), no Complexo da Maré, em mais um capítulo da escalada de violência do governo Witzel.
Vários moradores denunciaram que o helicóptero da polícia atirou no horário em que as crianças saíam da escola, o que fez com que elas corressem para se abrigar contra os tiros.
Conforme último balanço trimestral da Segurança Pública do estado do Rio, a Polícia Militar matou 434 pessoas em confronto no primeiro trimestre de 2019, média de sete mortes por dia.
Como se não bastasse esse cenário de caos e violência, o governo federal apresenta mais uma medida anti civilizatória...
Um decreto do presidente Bolsonaro publicado nesta quarta-feira (8) facilita o porte de arma para um conjunto de profissões, como advogados, caminhoneiros e políticos eleitos – desde o presidente da República até os vereadores.
direito ao porte é a autorização para transportar a arma fora de casa.
É importante tentarmos pensarmos um pouco...
O país tem uma lei, democraticamente debatida e aprovada no Congresso Nacional, a lei 10.826 de 2003 – Estatuto do Desarmamento – que contém medidas que restringem substancialmente o porte e aquisição de armas no Brasil.
Todo especialista sério sabe que quanto menos armas em circulação, menores os índices de mortes por armas de fogo e de criminalidade.
Segundo estudo recente, estima-se que a aprovação do Estatuto do Desarmamento evitou, entre 2004 e 2015, mais de 160 mil mortes no país.
O porte de arma não garante que o cidadão terá condições de se defender em caso de assalto, por exemplo.
Em geral, o assaltante se utiliza do elemento surpresa para se colocar em vantagem em relação à vítima, não havendo margem para que o cidadão possa usar sua arma efetivamente.
Além disso, reagir a um assalto aumenta em 180 vezes o risco de morrer, tornando ainda menos aconselhável o uso de uma arma nessa situação.
O mercado legal de armas abastece o mercado ilegal. Segundo o relatório da CPI do Tráfico de Armas, de 2006, 86% das armas apreendidas pela polícia haviam sido fabricadas e vendidas no Brasil.
O porte de armas também aumenta as chances de mortes acidentais ou por motivos fúteis, como brigas de trânsito, discussões, entre outras.
Outro ponto para reflexão...
Como acabar com a violência sem projetos de inclusão social?
Como acabar com a violência destruindo direitos dos trabalhadores e trabalhadoras?
Como acabar com a violência trazendo insegurança, tristeza, desconsolo, solidão...
Como acabar com a violência destruindo as Políticas Públicas que melhoram a vida do povo? Políticas Públicas que distribuem renda?
Como acabar com a violência em meio de um cenário de desemprego em alta, são 13,6 milhões de desempregados...
Da “Pátria Amada à Pátria Armada”
Faz arminha com as mãos que passa...
Por José Gilbert Arruda Martins
Fonte:
Estatuto do Desarmamento salvou 160.000 vidas, calcula estudo: https://brasil.elpais.com/brasil/2015/05/13/politica/1431545595_563619.html






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