sábado, 4 de maio de 2019

NY, BOLSONARO NÃO! (4.5.19)





NY, BOLSONARO NÃO!
A cidade que barrou o ódio. Barrou a misoginia, a homofobia, barrou o pária entre os párias.
Nova Iorque é a cidade mais populosa dos Estados Unidos. É também a terceira cidade mais populosa da América, atrás de São Paulo e Cidade do México.
São 8,6 milhões de habitantes. (2017).
A cidade de Nova York foi fundada em 1626 com um posto de comércio de colonos holandeses, que a batizaram de Nova Amsterdã. A cidade e seus arredores foram tomadas pelo Reino da Inglaterra em 1664, passando a fazer parte do Império Britânico, sendo seu nome alterado para Nova York.
Foi capital dos Estados Unidos por 5 anos, entre os anos de 1785 e 1790. Em 1791, a capital passou a ser a Filadélfia, sendo posteriormente alterada para Washington DC, em 1800.
É poliglota.
Democrática, pois convivem ali religiões, opiniões, preferências de todo tipo, negros, brancos, migrantes, asiáticos, latinos...
É um caldo cultural que muita gente admira.
Mas não é só glamour...
A cidade tem seu lado socialmente perverso, afinal é a capital mundial do sistema capitalista.
O metrô de Nova York, gigantesca e envelhecida rede de trens é o único lugar da cidade onde as fronteiras sociais se diluem.
O subsolo tem algo de igualitário. Oito milhões de pessoas com pouca coisa em comum se misturam ali a cada dia e dividem o espaço com as mesmas ratazanas que acampam pelas estações.
Ao sair para a superfície, cada um vai para o seu compartimento social.
Nova York sempre foi uma cidade de extremos, darwinista e um tanto tirana, mas agora está rachada em duas: o número de indigentes aumentou 86% nos últimos 10 anos.
Cerca de 60 mil pessoas dormem nos abrigos públicos – quase metade delas crianças. Só mesmo na Grande Depressão se viu níveis parecidos.
Se o faturamento dos negócios no Estado de Nova York subiu 61% entre 2001 e 2013, a renda dos trabalhadores cresceu metade disso e é insuficiente para cobrir a inflação.
Entre 2009 e 2012, a renda do 1% da população mais rica do Estado aumentou 32%, enquanto os 99% restantes mal viram seus salários subirem 1%.
Cleotildo Polanco de 62 anos, todos os dias, pega o metrô em seu bairro, Queens, para fazer faxina no aeroporto JFK das 22h às 6h. Ganha 10,10 dólares por hora (1.616 dólares por mês), que mal chegam para sobreviver.
A capital das finanças, da moda, da cultura e do turismo não é capaz de resolver esse bolsão de pobreza.
Foi essa bela e perversa cidade que barrou o presidente do Brasil.
Ninguém na cidade quer o cara lá.
Nova Iorque é esse fenômeno: capitalista perversa, culturalmente admirável...
E, agora, me parece... politizada.

Referências:



por José Gilbert Arruda Martins

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