NY,
BOLSONARO NÃO!
A
cidade que barrou o ódio. Barrou a misoginia, a homofobia, barrou o pária entre
os párias.
Nova
Iorque é a cidade mais populosa dos Estados Unidos. É também a terceira cidade
mais populosa da América, atrás de São Paulo e Cidade do México.
São 8,6
milhões de habitantes. (2017).
A
cidade de Nova York foi fundada em 1626 com um posto de comércio de colonos
holandeses, que a batizaram de Nova Amsterdã. A cidade e seus arredores foram
tomadas pelo Reino da Inglaterra em 1664, passando a fazer parte do Império
Britânico, sendo seu nome alterado para Nova York.
Foi
capital dos Estados Unidos por 5 anos, entre os anos de 1785 e 1790. Em 1791, a
capital passou a ser a Filadélfia, sendo posteriormente alterada para
Washington DC, em 1800.
É
poliglota.
Democrática,
pois convivem ali religiões, opiniões, preferências de todo tipo, negros,
brancos, migrantes, asiáticos, latinos...
É um
caldo cultural que muita gente admira.
Mas não
é só glamour...
A
cidade tem seu lado socialmente perverso, afinal é a capital mundial do sistema
capitalista.
O
metrô de Nova York, gigantesca e envelhecida rede de trens é o único lugar da
cidade onde as fronteiras sociais se diluem.
O
subsolo tem algo de igualitário. Oito milhões de pessoas com pouca coisa em
comum se misturam ali a cada dia e dividem o espaço com as mesmas ratazanas que
acampam pelas estações.
Ao
sair para a superfície, cada um vai para o seu compartimento social.
Nova
York sempre foi uma cidade de extremos, darwinista e um tanto tirana, mas agora
está rachada em duas: o número de indigentes aumentou 86% nos últimos 10 anos.
Cerca
de 60 mil pessoas dormem nos abrigos públicos – quase metade delas crianças. Só
mesmo na Grande Depressão se viu níveis parecidos.
Se o
faturamento dos negócios no Estado de Nova York subiu 61% entre 2001 e 2013, a
renda dos trabalhadores cresceu metade disso e é insuficiente para cobrir a
inflação.
Entre
2009 e 2012, a renda do 1% da população mais rica do Estado aumentou 32%,
enquanto os 99% restantes mal viram seus salários subirem 1%.
Cleotildo
Polanco de 62 anos, todos os dias, pega o metrô em seu bairro, Queens, para
fazer faxina no aeroporto JFK das 22h às 6h. Ganha 10,10 dólares por hora (1.616
dólares por mês), que mal chegam para sobreviver.
A
capital das finanças, da moda, da cultura e do turismo não é capaz de resolver
esse bolsão de pobreza.
Foi
essa bela e perversa cidade que barrou o presidente do Brasil.
Ninguém
na cidade quer o cara lá.
Nova
Iorque é esse fenômeno: capitalista perversa, culturalmente admirável...
E,
agora, me parece... politizada.
Referências:
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