John Dewey nasceu em 1859 em
Burlington, uma pequena cidade agrícola do estado norte-americano de Vermont.
Na escola, teve uma educação desinteressante e desestimulante, o que foi
compensado pela formação que recebeu em casa. Ainda criança, via sua mãe confiar
aos filhos pequenas tarefas para despertar o senso de responsabilidade. Foi
professor secundário por três anos antes de cursar a Universidade Johns
Hopkins, em Baltimore. Estudou artes e filosofia e tornou-se professor da
Universidade de Minnesota. Escreveu sobre filosofia e Educação, além de arte,
religião, moral, teoria do conhecimento, psicologia e política. Seu interesse
por pedagogia nasceu da observação de que a escola de seu tempo continuava, em
grande parte, orientada por valores tradicionais, e não havia incorporado as
descobertas da psicologia, nem acompanhara os avanços políticos e
sociais.
John Dewey é reconhecido como um dos
fundadores da escola filosófica de Pragmatismo (juntamente com Charles Sanders
Peirce e William James), um pioneiro em psicologia funcional, e representante
principal do movimento da educação progressiva norte-americana durante a
primeira metade do século XX. Foi também editor, contribuindo na Enciclopédia
Unificada de Ciência, um projeto dos positivistas, organizado por Otto Neurath.
Dewey é o nome mais célebre da corrente
filosófica que ficou conhecida como pragmatismo, embora ele preferisse o nome
instrumentalismo - uma vez que, para essa escola de pensamento, as idéias só
têm importância desde que sirvam de instrumento para a resolução de problemas
reais. No campo específico da pedagogia, a teoria de Dewey se inscreve na
chamada educação progressiva. Um de seus principais objetivos é educar a
criança como um todo. O que importa é o crescimento - físico, emocional e
intelectual.
O princípio é que os alunos aprendem melhor realizando tarefas associadas aos conteúdos ensinados. Atividades manuais e criativas ganharam destaque no currículo e as crianças passaram a ser estimuladas a experimentar e pensar por si mesmas. Nesse contexto, a democracia ganha peso, por ser a ordem política que permite o maior desenvolvimento dos indivíduos, no papel de decidir em conjunto o destino do grupo a que pertencem. Dewey defendia a democracia não só no campo institucional mas também no interior das escolas. Dewey acreditava que escolas que atuavam dentro de uma linha de obediência e submissão não eram efetivas quanto ao processo de ensino-aprendizagem. Seus trabalhos alinhavam-se com o pensamento liberal norte-americano e influenciaram vários países, inclusive o movimento da Escola Nova no Brasil.
O princípio é que os alunos aprendem melhor realizando tarefas associadas aos conteúdos ensinados. Atividades manuais e criativas ganharam destaque no currículo e as crianças passaram a ser estimuladas a experimentar e pensar por si mesmas. Nesse contexto, a democracia ganha peso, por ser a ordem política que permite o maior desenvolvimento dos indivíduos, no papel de decidir em conjunto o destino do grupo a que pertencem. Dewey defendia a democracia não só no campo institucional mas também no interior das escolas. Dewey acreditava que escolas que atuavam dentro de uma linha de obediência e submissão não eram efetivas quanto ao processo de ensino-aprendizagem. Seus trabalhos alinhavam-se com o pensamento liberal norte-americano e influenciaram vários países, inclusive o movimento da Escola Nova no Brasil.
Estímulo à cooperação
Influenciado pelo empirismo, Dewey
criou uma escola-laboratório ligada à universidade onde lecionava para testar
métodos pedagógicos. Ele insistia na necessidade de estreitar a relação entre
teoria e prática, pois acreditava que as hipóteses teóricas só têm sentido no
dia-a-dia. Outro ponto-chave de sua teoria é a crença de que o conhecimento é
construído de consensos, que por sua vez resultam de discussões coletivas.
"O aprendizado se dá quando compartilhamos experiências, e isso só é
possível num ambiente democrático, onde não haja barreiras ao intercâmbio de
pensamento", escreveu. Por isso, a escola deve proporcionar práticas
conjuntas e promover situações de cooperação, em vez de lidar com as crianças
de forma isolada.
“A criança de três anos que descobre o
que se pode fazer com blocos, ou a de seis anos que percebe o que acontece
quando põe cinco cêntimos e mais cinco cêntimos juntos, é verdadeiramente um
descobridor, mesmo que toda a gente no mundo já o saiba. Ocorre um genuíno
incremento da experiência; não é apenas mais um item mecanicamente
acrescentado, mas um enriquecimento com uma nova qualidade. O charme que a
espontaneidade de crianças jovens nutrem por observadores simpáticos é devido à
compreensão desta originalidade intelectual. A alegria que as próprias crianças
sentem com as suas próprias experiências é a alegria da construção intelectual
da criatividade, se me é permitido usar esta palavra, sem ser mal entendido”.
(Democracia e Educação).
Seu grande mérito foi ter sido um dos primeiros a chamar a atenção para
a capacidade de pensar dos alunos. Dewey acreditava que, para o sucesso do
processo educativo, bastava um grupo de pessoas se comunicando e trocando
idéias, sentimentos e experiências sobre as situações práticas do dia-a-dia. Ao
mesmo tempo, reconhecia que, à medida que as sociedades foram ficando
complexas, a distância entre adultos e crianças se ampliou demais. Daí a
necessidade da escola, um espaço onde as pessoas se encontram para educar e ser
educadas. O papel dessa instituição, segundo ele, é reproduzir a comunidade em
miniatura, apresentar o mundo de um modo simplificado e organizado e, aos
poucos, conduzir as crianças ao sentido e à compreensão das coisas mais
complexas. Em outras palavras, o objetivo da escola deveria ser ensinar a
criança a viver no mundo.
A experiência educativa é, para Dewey,
reflexiva, resultando em novos conhecimentos. Deve seguir alguns pontos
essenciais: que o aluno esteja numa verdadeira situação de experimentação, que
a atividade o interesse, que haja um problema a resolver, que ele possua os
conhecimentos para agir diante da situação e que tenha a chance de testar suas
idéias. Reflexão e ação devem estar ligadas, são parte de um todo indivisível.
Dewey acreditava que só a inteligência dá ao homem a capacidade de modificar o
ambiente a seu redor.
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