Qual a razão básica da Resistência? Respondo, a Indignação!
"É verdade, os motivos para se indignar atualmente podem parecer menos nítidos, ou o mundo pode parecer complexo demais. Quem comanda, quem decide? Nem sempre é fácil distinguir entre todas as correntes que nos governam. Não lidamos mais com uma pequena elite cujas ações entendemos claramente. Mas nesse mundo há coisas insuportáveis. Para vê-las é preciso olhar bastante, procurar."
https://www.google.com.br/search?q=imagem+da+juventude&rlz=2C1SAVU_enBR0538BR0538&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa
Dizemos aos jovens, procurem um pouco, vocês vão encontrar. A pior das atitudes é a indiferença, é dizer "não posso fazer nada, estou me virando" Quando assim nos comportamos, estamos perdendo um dos componentes indispensáveis: a capacidade de nos indignar e o engajamento, que é consequência desta capacidade.
Existem muitos outros desafios à juventude brasileira: o extermínio da juventude negra; a intolerância racial e sexual, a precariedade da escola e da saúde públicas; a precariedade das estruturas e equipamentos culturais; o monopólio e a manipulação ideológica da grande mídia, etc."Hoje, podemos identificar dois grandes desafios:1. A imensa distância entre os muito pobres e os muito ricos, distância que não para de crescer.2. Os direitos humanos e o estado do planeta."
A juventude, é uma prova viva, da importância da resistência a esse estado de coisas, às políticas de exclusão do sistema econômico capitalista, e a quase tudo que envolva desrespeito à natureza e aos Direitos Humanos.
Quem se lembra da "Primavera Árabe"? uma onda revolucionária de manifestações e protestos que ocorreram no Oriente Médio e Norte da África a partir de 18 de dezembro de 2010, os milhões que se revoltaram e resistiram a anos de autoritarismo, eram principalmente jovens.
É Claro, não podemos deixar de ver, em praticamente todos os movimentos africanos e asiáticos daquela época, o Ocidente meteu o dedo ora para insuflar a violência, ora para "diplomaticamente", jogar confete para a mídia mundial e defender seus interesses rentistas à custa de milhares de vidas humanas, como sempre fizeram.
O centro nervoso do "Deus Capital", em 2011, tremeu nas bases com Ocupe Wall Stret, "um movimento de protesto contra a desigualdade econômica e social, a ganância, a corrupção e a indevida influência das empresas - sobretudo do setor financeiro - no governo dos EUA".
O Brasil também experimentou as manifestações e protestos, em 2013, as bases da política conservadora e neocolonial, ainda impregnadas, em grande parte da elite, tremeram.
"Os protestos no Brasil em 2013, também conhecidos como Manifestações dos 20 centavos, Manifestações de Junho ou Jornadas de Junho, foram vários movimentos populares por todo o país que inicialmente surgiram para contestar os aumentos nas tarifas de transporte público, principalmente nas principais capitais. São as maiores mobilizações no país desde as manifestações pelo impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello em 1992, e chegaram a contar com até 84% de simpatia da população"
Desgraçadamente - vamos colocar dessa forma -, nos protestos e manifestações de 2013, a direita neofascista brasileira e a velha mídia golpista, capitaneada pela rede Globo e pela revista Veja, puxaram o movimento para a violência e para a defesa de interesses elitistas.
"Uma verdadeira democracia tem necessidade de uma imprensa independente", a resistência dos jovens do mundo e do Brasil, sabe disso.
O ano de 2015, foi o ano da luta pela Educação Pública, ameaçada por governos neoliberais em vários estados da federação.
Atualmente, em São Paulo e Goiás, os estudantes ocuparam as escolas num movimento de profundo sentimento de pertencimento, que há muito não se via por estas bandas.
Qual é o saldo positivo de todos esses movimentos? infelizmente, até por consequência de suas estruturas organizacionais não claramente definidas, o que restou de prático, não foi muito, mas pode ter deixado, nos corações e mentes que, quando a juventude deseja mudar, ela enfrenta e anda contra o vento.
Falta planejamento, organização, definição daquilo que é mais imediato, para reivindicar as necessidades de médio e longo prazo depois.
Formar lideranças permanentes e independentes, definir planos de ação, listar pontos de interesse, pensar e planejar também a médio e longo prazo.
*"Os que andam contra o vento", foi tomado emprestado dos Omahas, um povo indígena das planícies da América do Norte ligado à família dos Sioux, que são designados por esta expressão.
Fontes consultadas:
1. https://www.google.com.br/search?q=Primavera+%C3%A1rabe&rlz=2C1SAVU_enBR0538BR0538&oq=Primavera+%C3%A1rabe&aqs=chrome..69i57j0l5.7560j0j7&sourceid=chrome&es_sm=0&ie=UTF-8
2. https://pt.wikipedia.org/wiki/Occupy_Wall_Street
3. https://pt.wikipedia.org/wiki/Protestos_no_Brasil_em_2013
4. Indignai-vos!. Stéphane Hessel; tradução: Marli Peres. - São Paulo: Leya, 2011.
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