Ontem (20/01), no Instituto Lula, o ex-presidente falou com blogueiros sobre o Brasil, os ataques a ele e à sua família, ao PT, e, também do governo Dilma.
“Buscamos o objetivo de não permitir que ninguém neste país destrua o projeto de inclusão social que começamos a fazer a partir de janeiro de 2003. O povo aprendeu a conquistar coisas, aprendeu que pobre pode fazer universidade, que pode comer carne, que pode viajar de avião, e que pobre não nasceu pobre, ficou pobre por conta do sistema econômico deste país."
Foto: Heinrich Aikawa/Instituto Lula
O Brasil esperou 500 anos - meio século -, para ouvir e ver o Estado e a administração pública falar, programar e executar um grande projeto para acabar com a fome e o sofrimento de milhões de brasileiros. Em 2003, em seu primeiro mês à frente do governo, Luis Inácio Lula da Silva, lançou um dos mais importantes e ousados Programas Federais já pensados, para combater a fome no país: O Fome Zero, que mais tarde foi operacionalizado através do Bolsa Família.
Só quem já passou fome de verdade, não a vontade de comer, porque ficou preso ou presa no trânsito por alguns minutos, não, não é essa a fome que destacaremos neste texto, falamos da falta crônica do mais básico e simples alimento por dias, meses até anos a fio.
O Brasil, até por volta de 2002, último ano do governo do PSDB, que tinha à frente um "estudioso", um sociólogo, formado na USP, Sr. Fernando Henrique Cardoso, com exceção de programas pontuais e, reconhecidamente, assistencialistas, não tinha pensado ou lançado um projeto real de combate ao flagelo da fome que assolava grande parte do país, atingindo por volta de 60 milhões de pessoas.
"A miséria no Brasil atinge 56 milhões de brasileiros, o que corresponde a 33% da população, de acordo com o Mapa do Fim da Fome II, lançado ontem pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O estudo mostra que, se cada brasileiro não miserável doasse R$ 14 por mês, a pobreza seria erradicada no Brasil. Segundo o economista Marcelo Neri, houve uma mudança geográfica na pobreza de 2000 a 2002. Enquanto na década de 90, os miseráveis ficavam mais concentrados nos grotões rurais, nesta década a situação se agravou na periferia das grandes cidades." (FGV)
Pessoas nascidas na década de 1990 no Brasil, que hoje tem por volta de 20 a 25 anos, desconhece o fenômeno da fome e as notícias sobre ela, que eram veiculadas, diariamente, pelos principais jornais, revistas e TVs.
O que essa geração conhece, são as notícias veiculadas pelas revistas Veja, Isto É, Estadão, Folha e, fundamentalmente, a rede Globo, uma realidade "fabricada", manipulada, "consertada" para, de forma escamoteada, defender interesses das elites.
As notícias sobre o Brasil no exterior, eram, principalmente sobre corrupção, carnaval, futebol e, fundamentalmente sobre a fome, imagens de miseráveis brasileiros, rodavam o mundo, jornais de todo o planeta, especialistas e a Organização das Nações Unidas (ONU), traçavam planos e projetos para ajudar o país a tratar do problema, os famintos aguardavam e nada chegava à sua mesa, com exceção da Campanha "Natal Sem Fome" do grande e maravilhoso Betinho, fora isso, só mais fome e sofrimento.
Foi nesse cenário marcado pela violência da fome, da desnutrição, do desemprego, do crescimento urbano desenfreado, do endividamento externo e do controle e interferência do Banco Mundial (Bird) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), que surgiu uma liderança trabalhista importante, vindo do Nordeste, torneiro mecânico, líder sindical, idealizador e criador do Partido dos Trabalhadores, trabalhador do chão de fábrica o Sr. Luis Inácio Lula da Silva.
O país vivia o final melancólico da ditadura militar, respirávamos ares da democracia política, o Congresso iniciava o debate da criação de uma Assembleia Nacional Constituinte para a construção da mais importante Carta Magna já produzida até então, a Constituição de 1988.
Lula da Silva, se constrói uma liderança fundamental dos trabalhadores em São Bernardo do Campo e o Brasil inteiro passa a conhecê-lo.
Um nordestino, sobrevivente da fome, depois de disputar três eleições, sagra-se presidente de um país gigantesco no tamanho, na economia e no número de famintos.
Um desafio, que Lula encararia com força, planejamento e muita vontade de ajudar o seu povo a sair da situação de abandono secular em que se encontrava.
Foi exatamente isso que o mundo e o Brasil viram, o país, depois de mais de cem anos no mapa da fome mundial, começava a alimentar seu povo, e Lula da Silva, o cara de Garanhuns, estava à frente.
Nosso país já teve e tem, grandes figuras importantes, poderíamos citar dezenas, Zumbi dos Palmares, Dandara, Dom Helder Câmara, Leonel Brizola, etc. Nenhum, no entanto como Lula da Silva, não porque seja um iluminado, mas porque, chegou ao poder e implementou uma verdadeira revolução social sem dar um tiro, sem violência, sem transtornos.
"O Brasil reduziu em 82,1% o número pessoas subalimentadas no período de 2002 a 2014. A queda é a maior registrada entre as seis nações mais populosas do mundo, e também é superior a média da América Latina, que foi de 43,1%."
"Os dados são do relatório O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo 2015, divulgado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) nesta quarta-feira (27). O documento aponta ainda que o Brasil alcançou as metas estabelecidas pelas Nações Unidas em relação à fome nos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)."Lula da Silva, por causa desse grande projeto - Bolsa Família -, que alimenta, educa, e proporciona autonomia às famílias e que leva o povo ao controle da saúde da mulher grávida, pode ganhar o "Prêmio Nobel da Paz", seria a primeira vez que o país receberia tão importante prêmio.
Como a grande imprensa irá se comportar? como a oposição raivosa irá atuar? teremos mais intolerância?
Será essa, a razão principal, para os ataques diários a Lula da Silva, perpetrados pelos adversários e principalmente pela velha mídia, liderada pela Veja e Rede Globo?
Ou serão os acertos sociais do governo petista nos últimos 13 anos?
“Buscamos o objetivo de não permitir que ninguém neste país destrua o projeto de inclusão social que começamos a fazer a partir de janeiro de 2003. O que incomoda é isso. Pode dizer que não, mas desde o tempo do Império Romano a elite não gostava quem se aproximava do povo. Mas ninguém vai destruir este projeto. O povo aprendeu a conquistar coisas, aprendeu que pobre pode fazer universidade, que pode comer carne, que pode viajar de avião, e que pobre não nasceu pobre, ficou pobre por conta do sistema econômico deste país. Isso está em jogo, e os democratas não podem se conformar com essa tentativa de golpe explícito que tenta aplicar falando em impeachment da Dilma."(Lula da Silva)
O Movimento Social, a Classe Trabalhadora e o Povo, aguardam com alegria que Luis Inácio Lula da Silva, a mais importante liderança do Brasil, vá ainda mais longe, com força e determinação em favor do Brasil e sua população.
Fontes Consultadas
. Portal da Fundação Getúlio Vargas
. http://www.cps.fgv.br/cps/MapaFimFomeII/Pano_Ref/artigos/Internet/Brasil%20tem%2056%20milh%C3%B5es%20de%20miser%C3%A1veis,%20diz%20FGV%20-%20ADEMIRJ%20.PDF
. http://www.institutolula.org/lula-nao-e-hora-de-discutir-crise-mas-saidas-para-a-crise
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