quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

O que antes era sonho da maioria e luxo de uma minoria, vira realidade para todos.

por José Gilbert Arruda Martins

Foi-se o tempo em que as Universidades brasileiras eram apenas para as classes abastardas, depois da reformulação/transformação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), da criação do ProUni (Universidade para Todos) e do Sisu (Sistema de Seleção Unificada), os Campus se encheram de cores, de uma alegria contagiante, é o povo ocupando espaço que é seu também.




Nesta quarta-feira (19), o Ministério da Educação (MEC), fez um balanço do Sisu e do ProUni; os números divulgados são bastante animadores e mostra como a política de inclusão criada a partir de 2003, começa a dar frutos concretos.

"A oferta de vagas do Sisu cresceu 376% desde 2010, ano de sua primeira edição, até 2016. No começo do sistema, eram propostas cerca de 47 mil vagas, enquanto este ano o número saltou para 228.071. Somente de 2015 para cá, o crescimento foi de 10%. O sistema registrou mais de 2,7 milhões de inscritos nesta edição."

Os números mostram claramente a ascensão do povo, dos filhos e filhas dos trabalhadores e trabalhadoras ao Ensino Superior.

As famílias oriundas das classes populares, estão quebrando o ciclo da miséria, não apenas material, mas principalmente intelectual, seus filhos estão na academia, muitos traçando caminhos completamente diferentes daqueles que seus pais e mães trilharam.

Estão, finalmente, tendo a oportunidade de escolher o curso dos sonhos, engenharia, medicina, licenciaturas, pedagogia, direito...

Quebrando de forma definitiva, as amarras que os prendiam a um passado de muita miséria e dificuldades.

Estão entrando em um mundo que antes era apenas de alguns, mas que agora, se deslumbra para todos e todas.

É a educação fazendo seu magnífico papel, dirigida por governos progressistas e populares, dando a oportunidade que o povo precisava.

"Administração, pedagogia, direito, medicina e educação física foram os cinco cursos mais procurados do Sisu deste ano. Assim como nos anos anteriores, medicina continua sendo o mais concorrido, com 52 estudantes disputando cada vaga."
Qual a mãe ou o pai que não vibra com a aprovação, a entrada e a permanência de uma filha ou de um filho na Universidade, de preferência, pública?

O que antes era sonho da maioria e luxo de uma minoria, vira realidade para todos e todas.

Outro ponto importante na entrevista do ministro da educação, foram as universidades mais procuradas pelos estudantes, das três mais requisitadas, duas são do Nordeste, isso é um sinal das mudanças, instituições muito boas de outras regiões do país, sendo destacadas, lembradas.

"As três instituições mais procuradas do país foram Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal do Ceará (UFC) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com mais de 150 mil inscrições em cada. A que registrou maior concorrência foi a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), com média de 56,3 candidatos por vaga."

A garota e o garoto negro, filho e filha do Povo chegou à Universidade, esse fenômeno, que pode ser chamado de uma verdadeira revolução educacional e social, precisa ser ampliado, para isso as eleições de 2016 de prefeitos e vereadores é fundamental, saiba escolher, pense nos projetos populares antes de colocar seu voto na urna.

"Entre as diferentes modalidades de inscrição, os estudantes que se candidataram pela Lei de Cotas enfrentaram concorrência maior (28,0) que a encontrada na ampla concorrência (24,8). Mas em relação à nota de corte, um dado que chamou a atenção do ministro, a diferença entre cotistas e não-cotistas foi pequena. No curso de medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, por exemplo, a diferença foi de apenas 2,9%."
Outra realidade que precisa ser conhecida e entendida, é que o sistema de cotas não é moleza, os dados acima demonstram.

Os estudantes que entram pelo sistema de cotas, além de terem uma concorrência maior, estão se destacando como alunos e alunas, na UnB (Universidade Nacional de Brasília) e em várias outras instituições espalhadas pelo país, os jovens cotistas têm rendimento superior aos não cotistas.

"A lei das cotas, que são reservadas 12,5% do número das vagas ofertadas, irá conseguir, em 4 anos, 150 mil jovens que vão ser de acordo com a cota. O cotista tem bom rendimento igual e superior ao não cotista."
"Números apresentados nessa quinta-feira pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) jogam por terra os argumentos de quem acreditou que a entrada de cotistas comprometeria a qualidade de ensino na maior instituição de ensino superior do estado. Os beneficiários da Lei das Cotas mostram, desde 2013, desempenho acadêmico igual ou superior aos demais alunos. No quesito evasão, eles também são destaque: desistem muito menos dos cursos. Em alguns casos, a cada dois estudantes da ampla concorrência que abandonam a faculdade, o mesmo ocorre com um é cotista."
Nos dias 22, 25 e 26 próximos os candidatos classificados no Sisu deverão fazer as matrículas nas universidades. Mas até 29 deste mês os não selecionados ainda podem manifestar interesse em participar da lista de espera.

É isso, para quem deseja debater o novo sistema de educação brasileiro, onde todos e todas têm acesso real ao ensino superior, com cotas ou sem cotas, precisa ler primeiro, não invente, leia para poder ter condições reais de argumentações.

Imagem: https://www.google.com.br/search?q=Estudantes&rlz=2C1SAVU_enBR0538BR0538&espv=2&biw=1280&bih=643&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=0ahUKEwjb4prfobjKAhXDEpAKHXmPAv4QsAQIGw#imgrc=f9Bj6xzs3BbdwM%3A

Com informações:

1. http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=33571

2. http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/06/desempenho-do-cotista-e-superior-ao-do-nao-cotista.html

3. http://www.em.com.br/app/noticia/especiais/educacao/2015/05/01/internas_educacao,643018/desempenho-de-cotistas-na-ufmg-e-igual-ou-superior-aos-demais-alunos.shtml

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