quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Estudantes de escolas públicas do Brasil, Uni-vos!

por José Gilbert Arruda Martins

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), o Brasil tem cerca de 45 milhões de alunos nas escolas públicas.


https://www.google.com.br/search?q=imagem+do+movimento+passe+livre+em+s%C3%A3o+paulo&rlz=2C1SAVU

Esse número colossal, é mais que suficiente para lutarmos a favor do ensino público, e nossa luta, necessariamente, deve ser consciente de que os interesses dos capitalistas nesse filão do mercado vem crescendo.

O Brasil, inclusive, recebeu nessas últimas décadas, dezenas de empresários globais da educação, grandes grupos internacionais dos EUA e da Europa, que ocupam cada vez mais espaços nesse nicho de mercado, transformando a educação em mais um simples produto de prateleira, em produto do "deus mercado."

Esses grupos são atraídos pelo grande mercado consumidor nacional, mas também pelos estímulos de toda ordem, que recebem de governos neoliberais tupiniquins.

O que vem sendo implementado por esses governos que seguem a linha neoliberal no país em relação à educação pública, parece ser uma clara e inequívoca tentativa de privatização, temos denunciado esse fato, já há algum tempo.

A educação pública, somos todos sabedores,tem uma importância muito grande para nossa sociedade como um todo, claro que a maioria dos 45 milhões de estudantes, são oriundos das famílias mais populares, mas a escola pública também atende filhos e filhas da classe média.

Todos e todas têm a obrigação de defendê-la.

A reação dos governadores nunca foi e não será de diálogo, principalmente os da direita como do PSDB, percebam o que o tucano vem fazendo em São Paulo.

O cenário em São Paulo, com a chamada "reorganização" do ensino público e com o aumento das tarifas dos transportes coletivos, tudo imposto goela abaixo dos estudantes e do povo, faz-se mais que necessária muita luta, resistência e união.

Resistir é preciso!

Em um Estado de Direito, o cidadão deve ser respeitado, o ir vir deve ser igualmente, protegido pelo próprio Estado. 

Absolutamente, não é o que vem acontecendo em São Paulo, nos últimos anos, principalmente nas administrações do sr. Geraldo Alckmin, o social virou caso de polícia, a PM usa força completamente desproporcional contra o povo, os negros, os professores e contra os estudantes.

Questões para pensar:

"A democracia reconhece o direito à violência"?

Os jovens, que saíram às ruas em luta contra o aumento da tarifa do transporte coletivo, faziam um movimento ilegal?

A repressão violenta da Polícia Militar, contra os Movimentos Sociais de ocupação das escolas e também contra o MPL, que não aceita o aumento da tarifa do transporte coletivo, pode ser considerada legal?

Se a reação desproporcional e brutal da polícia é ilegal, então podemos, no âmbito da democracia vigente, reagir também com violência?

São questões que devem ser debatidas, pensadas (ou não)?

Aceitar calado, passivo os aumentos das tarifas, a "reorganização" das escolas, e a violência brutal da PM contra estudantes desarmados, é omissão e apoio ao absurdo.

Portanto a união e a resistência se faz necessária e urgente.

União para combater o autoritarismo, a falta de diálogo, a falta de seriedade com as coisas do povo.

União em favor de um transporte público gratuito e de qualidade.

União em favor da educação pública de qualidade.

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