segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Primeira doutora quilombola do Brasil dá cursos sobre o tema

Catraca Livre
A professora da rede estadual de ensino Edimara Soares é a primeira doutora quilombola do Brasil. Ela terminou o doutorado em 2012 na Universidade Federal do Paraná (UFPR), ao defender a tese “Educação Escolar Quilombola: quando a diferença é indiferente”.
O conhecimento que Edimara ganhou durante a pesquisa é colocado em prática e debatido em cursos sobre educação escolar quilombola para professores. O Departamento da Diversidade, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, existe desde 2008.
Hedeson Alves/SEED
Hedeson Alves/SEED
Edimara Soares é a primeira doutora quilombola do Brasil
Edimara dedicou quatro anos aos estudos, sendo dois de pesquisa de campo nas escolas estaduais quilombolas do Paraná e nas comunidades do Vale do Ribeira, Palmas e Guaíra. Morou até os 15 anos no quilombo Estância do Meio/Timbaúva, que fica na cidade de Formigueiro, interior do Rio Grande do Sul. Saiu de lá para fazer o ensino médio na cidade e depois passou no vestibular de geografia na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), onde se formou em 2007.
A professora Tânia Maria Baibich foi a orientadora do mestrado e do doutorado. “Minha dissertação de mestrado foi considerada inédita no Brasil e fiz o que na universidade chamamos de up-grade. Passei direto para o doutorado”, explicou Edimara, segundo aagência de notícias do Governo Estadual.
O estado paranaense tem duas escolas estaduais que funcionam dentro de comunidades quilombolas, o Colégio Estadual Quilombola Diogo Ramos, na comunidade João Surá, em Adrianópolis, e a Escola Estadual Quilombola Maria Joana Ferreira, na comunidade Adelaide Maria da Trindade Batista, em Palmas.
Além disso, outras 43 escolas estaduais atendem alunos que moram em comunidades quilombolas. O Paraná tem 37 comunidades certificadas pela Fundação Cultural Palmares, órgão do Governo Federal, como remanescentes de quilombos.

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