domingo, 27 de setembro de 2015

Os Desafios de Ser Adolescente no Brasil - Parte II

por José Gilbert Arruda Martins

Historicamente, a América Latina, e o Brasil, como o maior e mais importante país da região, foi considerada pelos especialistas, em uma espécie de "quintal" dos Estados Unidos da América. Os "irmãos" do Norte, fizeram o que bem entendiam na relação com essa parte da América.
Para o Conselho Tutelar da Asa Sul

O resultado, foi a construção de uma dependência econômica, financeira, tecnológica etc. absurda. E, na cauda dessa dependência, a região e seu povo, foi explorada até o último centavo.

O FMI, o Banco Mundial, o Clube de Paris, para citar apenas três agências, passaram a ditar quase 100% das regras econômicas e as Políticas Públicas.

O Brasil, como um país grande e, naturalmente rico, foi um dos mais explorados e, um dos que mais sofreram a exploração.

A exploração foi tão violenta, que, no início da década de 2000, o país tinha cerca de 52 milhões de miseráveis.

Desses 52 milhões de famintos, despossuídos, é claro, grande parte era de jovens.

Moradores de palafitas, casebres feitos de papelão e plástico, das grandes cidades, como, principalmente, São Paulo, Rio...

"O Brasil possui uma população de mais de 200 milhões de pessoas, dos quais 60 milhões têm menos de 18 anos de idade, o que equivale a quase um terço de toda a população de crianças e adolescentes da América Latina e do Caribe. São dezenas de milhões de pessoas que possuem direitos e deveres e necessitam de condições para se desenvolverem com plenitude todo o seu potencial.

Contudo, as crianças são especialmente vulneráveis às violações de direitos, à pobreza e à iniquidade no País. Por exemplo, 29% da população vive em famílias pobres, mas, entre as crianças, esse número chega a 45,6%. As crianças negras, por exemplo, têm quase 70% mais chance de viver na pobreza do que as brancas; o mesmo pode ser observado para as crianças que vivem em áreas rurais. Na região do Semiárido, onde vivem 13 milhões de crianças, mais de 70% das crianças e dos adolescentes são classificados como pobres. Essas iniquidades são o maior obstáculo para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) por parte do País.

O Brasil está no rumo de alcançar o ODM 4, que trata da redução da mortalidade infantil. O País fez grandes avanços – a taxa de mortalidade infantil caiu de 47,1/1000, em 1990, para 19/1000, em 2008. Contudo, as disparidades continuam: as crianças pobres têm mais do que o dobro de chance de morrer, em comparação às ricas, e as negras, 50% a mais, em relação às brancas.

A taxa de sub-registro de nascimento caiu – de 30,3% (1995) para 8,9% (2008) – mais ainda continua alta nas regiões Norte (15%) e Nordeste (20%)."

Com informações do Unicef



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