Em 2002, quando lecionava na Faculdade AD1, eu, minha esposa Ivana e nossos alunos do curso de Pedagogia, depois de debates em sala sobre a distância que o discurso fácil tinha e tem, da prática, resolvemos "botar a mão na massa", foi quando surgiu o Projeto "Construindo a Cidadania".
"Estar no mundo sem fazer História, sem por ela ser feito, sem fazer cultura, sem 'tratar' sua presença no mundo, sem sonhar, sem musicar, sem pintar, sem cuidar da terra, das águas, sem usar as mãos, sem esculpir, sem filosofar, sem pontos de vista sobre o mundo, sem fazer ciência, ou teologia, sem ensinar, sem ideias de formação, sem politizar não é possível"
Paulo Freire
Crianças do Projeto Construindo a Cidadania P Sul Ceilândia, 2002.
O projeto foi construído a muitas mãos, nossa equipe era um grupo heterogêneo e comprometido com a questão social, todas e todos embalados pelo curso de Pedagogia da Faculdade, e loucos para aprender, e fazer a diferença, como concretamente fizeram.
Olha o tamanho da equipe: André Borges, Roseli Messias, Adilson, Jefferson Kids Torres, Roniel Santos da Silva, Alan Fabiano P de Jesus, Maria Antonilva, Lúcia Batista de Lima, Elisângela C Martins, Vanderlei R Trindade, Maria Alves da Silva, Maria Selma de Sousa, Célia Aparecida da Silva, Roberta Kelly Ferreira, Dilva Marques de Lima, Ana Maria B Correa, Cristiana Silva Rodrigues, Zenaide Miranda, Amanda santos da Silveira, Amanda R de O Pinho, Elizeth Santos Chalub, Flávia M Magalhães, Elza de Fátima C Moreira, Eliete Rosário, Valdenise Alvas Cavalcante, Daguivane Gomes, Jefferson Assis, Juliana Rosa e Odete Alves, Kelly Silva...
Esses são os nomes que consegui retirar de uma lista de presença de uma das atividades do próprio projeto. Se faltou algum nome, gostaria de ser alertado pelos ex-estudantes do curso, me enviem o nome que incluirei com a máximo urgência.
O trabalho com a Comunidade do Parque do Sol Nascente, P Norte, Ceilândia Distrito Federal, surgiu das experiências que os professores coordenadores já conheciam com trabalhos sociais dessa importância realizados no Maranhão, e da necessidade que os estudantes do curso, demonstravam em oportunizar a todos uma experiência social concreta.
Como um dos encontros com os alunos e alunas era aos sábados, resolvemos que, em vez de trabalharmos em sala, desenvolveríamos o Projeto nesses dias. Trabalhamos 18 sábados naquele ano - 2002 -, é claro que tinham os "fujões", mas a maioria participava com uma alegria contagiante.
Lembro que, para conseguirmos as frutas para o lanche das famílias, tínhamos que estar na feira da Ceilândia bem cedo e, como as fotografias mostram, a maioria dos participantes também iam à feira para recolher e cuidar das frutas doadas pelos empresários.
Uma realidade que doía e dói na alma política de cada um de nós.
Crianças, como "restos" do Sistema.
Dona Vilma, em um dos primeiros contatos que fizemos com a Comunidade.
Prof. Gilbert e Profa. Ivana, fugindo do sol no Sol Nascente...
Escola de Mães e País, com Ivana Maria.
Bem cedo na Feira da Ceilândia.
Hora do lanche.
Quem disse que o Projeto era apenas reflexão? Tínhamos que transpirar...
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