por José Gilbert Arruda Martins
O que é um professor (a) de verdade?
Será aquele (a) que trabalha na selva de pedra da grande cidade?
Ou aquele (a) que trabalha na zona rural, longe da tal "civilização"?
O certo, a meu ver, é que somos todos e todas guerreiras e guerreiros para lutar no dia a dia da sala de aula em qualquer lugar desse país.
Somos guerreiros por que além das condições materiais ruins que ainda temos, apesar de todos os avanços dos últimos 12 anos, estamos muito longe, em grande parte das escolas públicas do Brasil, da qualidade e da decência.
Além, na maioria, somos mal remunerados, grande parte dos mais de 5.650 municípios do país, ou não paga o piso, ou paga apenas o piso.
Somos trabalhadores e trabalhadoras em crise financeira permanente, apesar, repito, dos avanços implementados na última década, a remuneração do professor e da professora não condiz com a importância da nossa profissão e da nossa tarefa de construir uma nação ou Pátria Educadora.
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É consenso nacional a prioridade máxima que deve ser atribuída à educação pública básica. Assim, cumpre a nós, gestores educacionais, organizar a agenda e estabelecer estratégias e cronogramas de ações conjuntas para vencermos este desafio. A partir deste horizonte de desafios que UNDIME, CONSED e MEC, articulados, estabeleceram a Iniciativa Educadores do Brasil – uma ação com foco na meta 17 do PNE – valorização dos profissionais do magistério das redes públicas de educação básica – e também na redefinição do papel do diretor a partir da disseminação de boas práticas de gestão entre todas as escolas do Brasil. Essa iniciativa também alinha-se ao conceito de Pátria Educadora, que propõe o avanço na qualificação do ensino a partir de uma organização da cooperação federativa em educação.
Uma das mais importantes diretrizes das políticas públicas educacionais no Brasil é a sua elaboração e execução mediante a colaboração dos entes federados. A organização federativa da educação brasileira e a divisão de responsabilidades entre as diferentes instâncias supõem efetiva articulação e reunião de esforços com o objetivo de alcançar padrões de qualidade que atendam, com equidade, a todas as crianças, jovens e adultos como cidadãos, sujeitos de iguais direitos.
Com base nesses princípios está definida a legislação educacional no País. Seu cumprimento depende de ações de diversos tipos, que se efetivam, entre outras, nas políticas de organização dos sistemas de ensino; de oferta da educação escolar nos diferentes níveis e modalidades; de garantia de acesso e permanência ao longo da trajetória escolar; de financiamento e gestão de recursos financeiros; de alocação de recursos materiais e provimento de adequada infraestrutura e insumos didáticos e pedagógicos; e de valorização dos profissionais da educação.
Não é por acaso que, em vinte metas, o Plano reserva cinco metas voltadas para esses profissionais. São eles obviamente agentes estratégicos na concretização de uma educação de qualidade. É imperativo, portanto, que as políticas educacionais a eles assegurem o devido reconhecimento de sua relevância. Essas são as principais razões que fundamentam a decisão do Ministério da Educação e do Consed de integrar os Prêmios Professores do Brasil e Gestão Escolar. Essa ação se insere no âmbito da Iniciativa Educadores do Brasil, estabelecida pelo MEC, Consed e a Undime, com foco na meta 17 do PNE, de valorização de profissionais do magistério das redes públicas de educação básica e também na redefinição do papel do diretor a partir da disseminação de boas práticas de gestão entre todas as escolas do Brasil. Trata-se de mais uma proposta para promover o avanço na qualificação do ensino a partir de uma organização da cooperação federativa em educação.
Fonte: Portal do MEC
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