Universidade entra no quarto mês de luta contra desatino de um reitor e seu desgovernador: “A gente perde os dentes / a língua, não”
Por Priscila Figueiredo | Imagem Fabrice Martin
I – Zero, zero, zero, zero
(a partir de mote de Manoel Fernandes)
(a partir de mote de Manoel Fernandes)
Eu não pago, ah eu não quero
Zero, zero, zero, zero
É tudo que não tolero
O senhor banca o austero
faz da usp um monastério
deixa a gente a pão e água
balançando o sacro incenso
da (indi)gestão orçamentária
E o grandiníssimo Rodas
pica a mula rapidinho
não quer nem se despedir
dos ministros que fincou
em Cingapura e Washington
Faz um aceno ligeiro
já de longe vê o navio
que empacou mais a torre
e o centro de convenção
que a sua cachola inventou:
no princípio era o projeto
de por a USP na Oropa
e por a Oropa na USP –
se estrepou o Rodas soberbo?
Qual! É capaz de voltar!
Depois do déspota, o manager
depois de Ludwig, Bismarck
A farra acabou – adivinhe?
Piorou pra quem ficou
Ouve, Zago: no mistério
das contas não tocarás?
“Eu corto, enxugo ou congelo
o salário de quem trabalha
Eu só toco no que é claro:
o trabalho e o salário
Meu método é moderno
Não sou nenhum coveiro
pra desenterrar cadáver
O que eu vejo é teu salário
era o que estava na mesa
o que está embaixo não vejo”
Zero, zero, zero, zero
É tudo que não tolero
O senhor banca o austero
faz da usp um monastério
deixa a gente a pão e água
balançando o sacro incenso
da (indi)gestão orçamentária
E o grandiníssimo Rodas
pica a mula rapidinho
não quer nem se despedir
dos ministros que fincou
em Cingapura e Washington
Faz um aceno ligeiro
já de longe vê o navio
que empacou mais a torre
e o centro de convenção
que a sua cachola inventou:
no princípio era o projeto
de por a USP na Oropa
e por a Oropa na USP –
se estrepou o Rodas soberbo?
Qual! É capaz de voltar!
Depois do déspota, o manager
depois de Ludwig, Bismarck
A farra acabou – adivinhe?
Piorou pra quem ficou
Ouve, Zago: no mistério
das contas não tocarás?
“Eu corto, enxugo ou congelo
o salário de quem trabalha
Eu só toco no que é claro:
o trabalho e o salário
Meu método é moderno
Não sou nenhum coveiro
pra desenterrar cadáver
O que eu vejo é teu salário
era o que estava na mesa
o que está embaixo não vejo”
II- O que tira meu sono
Eu acho que a EACH
é café pequeno
diante do fato, este sim
digno do meu tempo,
de que os graduandos
nos envergonham lá fora
com seu inglês
mais que capenga
que ideia fazem de nós
com essa caipirada
desajeitada lá fora?
“Mas e a EACH, Excelência
uma universidade toda
um rico material humano
sobre um terreno podre?”
Quantos mais pontos no ranking
vamos perder?
Isso é mais sério, rapaz
porque a EACH engatinha
perto do Tietê
Não existe para o mundo
então não existe, fazer o quê..
Mais vale o inglês e o ranking
o qualis AA
que possibilitam as trocas
multilateralmente falando
e a inovação, claro
nos projetando bem no centro
não lembro de quê
não é exagero dizer
que o inglês dos graduandos
é o que tira meu sono
Quanto à EACH, foi um engano
Interditamos
é café pequeno
diante do fato, este sim
digno do meu tempo,
de que os graduandos
nos envergonham lá fora
com seu inglês
mais que capenga
que ideia fazem de nós
com essa caipirada
desajeitada lá fora?
“Mas e a EACH, Excelência
uma universidade toda
um rico material humano
sobre um terreno podre?”
Quantos mais pontos no ranking
vamos perder?
Isso é mais sério, rapaz
porque a EACH engatinha
perto do Tietê
Não existe para o mundo
então não existe, fazer o quê..
Mais vale o inglês e o ranking
o qualis AA
que possibilitam as trocas
multilateralmente falando
e a inovação, claro
nos projetando bem no centro
não lembro de quê
não é exagero dizer
que o inglês dos graduandos
é o que tira meu sono
Quanto à EACH, foi um engano
Interditamos
III- O reitor nos deixa doente
O reitor nos deixa doente
minha gente!
Se ele pudesse
nos tirava a língua…
Ai se ele pudesse…
tem quem deixava
“Toma a minha língua, Zago
faz um picadinho
dessa língua antiga
coisa obsoleta
não diz coisa com coisa
cré com lé
Toma a minha língua
eu nem conheço
ela se mexe na boca
como se fosse viva
deve ser engano
nem deve ser minha”
Com a gente, não, violão!
A gente perde os dentes
a língua, não
nem essa mania
de sindicar
de dizer ai!
quando você vem e pisa
ai!
ai!
e mais um ai!
minha gente!
Se ele pudesse
nos tirava a língua…
Ai se ele pudesse…
tem quem deixava
“Toma a minha língua, Zago
faz um picadinho
dessa língua antiga
coisa obsoleta
não diz coisa com coisa
cré com lé
Toma a minha língua
eu nem conheço
ela se mexe na boca
como se fosse viva
deve ser engano
nem deve ser minha”
Com a gente, não, violão!
A gente perde os dentes
a língua, não
nem essa mania
de sindicar
de dizer ai!
quando você vem e pisa
ai!
ai!
e mais um ai!
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