sexta-feira, 22 de agosto de 2014

“Éticos” da direita paulista pagaram cartazes anônimos para ter vaia a Dilma no Itaquerão - Autor: Fernando Brito

Retirado do site Tijolaço dia 22/08/2014
Existe Política e política, existem Políticos e políticos, existem Empresários e empresários. O que aconteceu em Itaquera n abertura da copa é próprio de um país que precisa debater sua democracia, precisa conhecer a democracia, parte dos médios e grandes empresários paulistas não conhecem e não se importam em conhecer o que seja um país democrático de verdade, ainda estão alinhados ao que aprenderam de Atenas Antiga quando uma minoria de "cidadãos" detinham todos os privilégios.
Mas até lá, por volta de 3 mil anos atrás, a Ágora era o espaço do debate, como não possuíam jornais tipo o globo, folha e a TV globo, tinham que se entender no gogó, os debates eram intensos e, os "cidadãos", ao final, decidiam o que era melhor para eles, e nisso se igualam às elites daqui e de São Paulo.
Democracia se constrói, a nossa vem sendo construída pós Constituição Federal de 1988, mas principalmente pós 2002 com a ascensão ao poder do primeiro político de origem popular. A Constituição deu as diretrizes e os governos que vieram a seguir não conseguiram criar políticas públicas de alcance popular, isso só foi efetivamente feito a partir de 2002, o país criou uma infinidade de Políticas Públicas , fez, talvez, a maior política de inclusão social do planeta, mesmo que a direita diga o contrário, mesmo que o ódio vazio, pobre, de alguns diga o contrário, isso é democracia.
Não tem nada de democrático, empresários, na surdina, pagarem para alguns irresponsáveis de classe média alta, xingarem a presidenta, além de profundo desrespeito, mostra ao país e ao mundo como precisamos avançar no debate político e no respeito ao outro. Esse fato coroa a política de São Paulo, governos que estão há mais de 20 anos no poder, envolvidos em dezenas de atos de corrupção, sem punição nenhuma e que não conseguiram solucionar o problema da falta de água para mais de 2 milhões de pessoas.
Os paulista sérios, entre eles, milhares de irmãos do Nordeste, precisam colocar a mão na consciência e pensar que precisam aproveitar esta próxima eleição e mudar. O PSDB precisa ser apeado do poder, São Paulo merece experimentar um tipo de governo mais democrático e responsável.
por José Gilbert A. Martins (Professor)

“Éticos” da direita paulista pagaram cartazes anônimos para ter vaia a Dilma no Itaquerão

21 de agosto de 2014 | 09:02 Autor: Fernando Brito
Depois de quase três meses em sigilo, ficamos sabendo, pelo Estadão, que 20 mil  cartazes foram distribuídos à entrada do Itaquerão, na abertura da Copa, atacando e pedindo manifestações contra Dilma Rousseff.
O apelo era explícito: “Na hora do Hino Nacional abra este cartaz e mostre para todos que está na hora do Brasil  vencer de verdade”.
Foram pagos pela empresa Multilaser, pertencente a Alexandre Ostrowiecki e Renato Feder.
Dois yuppies que, imaginem só, mantêm um site em que avaliam a eficiência e a ética dos políticos.
É claro que  quase só entram ali os parlamentares de direita ou os que se dizem de esquerda mas, na prática, acompanham as políticas da direita.
Então foi assim que se preparou a “manifestação espontânea” de grosseria no jogo inaugural da Copa?
É assim que dois empresários que, inclusive, gozam de incentivos fiscais, gastam o dinheiro que a União deixa de recolher em impostos?
Porque quem pagou não foram eles, do bolso próprio, mas a empresa.
Com direito a abater nos impostos que ambos maldizem.
A empresa, aliás, não deve ter do que reclamar dos impostos, pois diz o Estadão que “segundo balanço de demonstrações financeiras da Multilaser publicado no Diário Oficial de 27 de março, o item “reserva de lucros” aumentou de R$ 51 milhões em 2012 para R$ 128 milhões em 2013″.
Um crescimento nada mau de 151% nos ganhos dos pobres coitados que dizem estão carregando o Estado brasileiro nas costas.
Mais cara de pau, só a da nossa imprensa, que  tinha um esquadrão de repórteres pronto para encontrar qualquer montinho de terra que ajudasse a dizer que a festa era um desastre, mas não foi capaz de ver a distribuição de milhares de cartazes que, é só olhar, não tinham nada de espontâneos.

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