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BOLSONARO:
A ARENA VOLTA AO PARLAMENTO E AO GOVERNO
Como
em Brumadinho, a lama invadiu o parlamento brasileiro. Nessa lama a extrema
direita do governo e do parlamento surfa e vai construindo seu bloco de
alianças.
A
vitória do DEM na Câmara e no Senado parece consolidar exatamente o oposto do
que Bolsonaro e seus filhos defenderam na campanha eleitoral que era renovar o
cenário político brasileiro.
“E
nessa lama, nessa mediocridade do baixo clero vai se fortalecendo o
conservadorismo no país.”
“O
conservadorismo brasileiro, estruturalmente, depende da lama, da mediocridade e
do atraso para poder formar maioria nas instituições.”
É
funcional ao governo de extrema direita e ao parlamento esse cenário de
despolitização e desqualificação.
O
“novo” governo cavalga nessa mediocridade, nesse profundo atraso, o núcleo de
poder que o governo vai construindo depende dessa gigantesca República de Bananas.
Como disse Breno Altman do Ópera Mundi.
Nesse
sentido, para entendermos melhor o tema principal de hoje “A arena volta ao
parlamento e ao governo”, faz-se imprescindível analisarmos as origens do DEM.
Até
1979, o país possuía apenas a Aliança Renovadora Nacional (Arena), de apoio ao
regime militar, e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que exercia oposição
até o limite tolerado pelo regime.
Em
1979, a Lei Orgânica dos Partidos, extinguiu a Arena e o MDB, e restabeleceu a
liberdade partidária no país.
Assim,
com o fim do bipartidarismo, os parlamentares da Arena migraram para o Partido
Democrático Social (PDS) e o MDB transformou-se no Partido do Movimento
Democrático Brasileiro (PMDB), sob a liderança de Ulysses Guimarães.
No
entanto, com a derrocada definitiva da Ditadura Militar, para tentar esconder
seu passado repugnante, o PDS mudou de nome e passou a chamar-se PFL (Partido
da Frente Liberal).
Em
2007 mudou novamente para o atual DEM (Democratas).
Como
vimos o DEM era a antiga Aliança Renovadora Nacional (ARENA), partido que dava
sustentação e apoio irrestrito à Ditadura Militar e toda a sua crueldade.
Da
Arena, passando pelo PDS, PFL e agora DEM, esse grupo sempre defendeu os mais
ricos e a parte mais atrasada e conservada da sociedade brasileira.
Por
sinal, foi esse grupo que deu sustentação ao Collor de Melo, por exemplo.
Foi
esse partido que deu apoio incondicional às maldades de FHC na década de 1990.
Por
isso é importante conhecer o DEM, partido que passou ao longo dos último 35
anos por uma enorme metamorfose, repito, na tentativa de esconder seu passado
sombrio.
Como
chamar de novo uma estrutura dessas?
O
DEM tem 3 ministros em posições de destaque no Governo Bolsonaro: A Casa Civil,
nas mãos de Onyx Lorenzoni, o ministério da Agricultura com Tereza Cristina e o
da Saúde com Luiz Henrique Mandetta.
Esse
partido é a base principal de sustentação do atual governo. Tudo o que há de
mais velho, míope, conservador e elitista na política brasileira.
E
o PSL?
O
PSL foi criado somente para eleger Bolsonaro, não tem expressão política
nenhuma, não tem nenhuma experiência, seus deputados farão parte do chamado
baixo clero irão passar os próximos 4 anos boiando na lama do conservadorismo
parlamentar.
Agora,
é importante refletirmos que o DEM joga um papel fundamental no contexto das
grandes reformas ultraliberais, que irão ferrar com a Classe Trabalhadora e a
sociedade como um todo.
É
o partido visceralmente ligado ao grande capital nacional e internacional.
Assim,
é importante destacar que a candidatura de Bolsonaro, de forma nenhuma
representou ou representa o novo.
É
um verdadeiro estelionato eleitoral.
Ele
mesmo é um parlamentar com 27 anos de Câmara Federal, com apenas dois projetos sem
nenhuma relevância.
Por
fim, o DEM além de dominar grande parte do governo domina também as direções da
Câmara Federal e do Senado.
O
passado nos visita.
Depois
de 55 longos anos a Arena volta ao poder.
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