Capitaneada por Rodrigo Janot, a Procuradoria Geral da República informou à bancada do PSOL na Câmara, por meio de ofício, que Eduardo Cunha (PMDB) possui, sim, contas na Suíça em seu nome e de familiares, e é investigado por corrupção e lavagem de dinheiro. Com a confirmação em mãos, o PSOL prometeu entrar com uma representação contra o peemedebista no Conselho de Ética da Câmara, na próxima terça-feira.
Segundo o deputado Chico Alencar (PSOL), a diferença desta representação em relação a outros processo é que, no Conselho de Ética, todos os partidos da Câmara terão de se manifestar sobre a permanência de Eduardo Cunha na presidência da Casa. Até o momento, PT e PSDB adotaram a posição de aguardar provas contundentes contra Cunha. Na visão do PSOL, o ofício da PGR já é suficiente.
Segundo informações da Folha, Janot ressaltou no ofício que embora a lei estabeleça o sigilo sobre investigações criminais em andamento, o caso de Cunha é diferente por se tratar de "pessoa politicamente exposta", que deve atender a critérios mais duros de "transparência".
Na quarta-feira, 30 deputados de sete partidos protocolaram na Corregedoria da Câmara uma representação pedindo a abertura de processo de cassação de Cunha. Mas a ação deve ser infrutífera, uma vez que o órgão é subordinado à Mesa Diretora, controlada pelo próprio Cunha.
Já o Conselho de Ética, embora formado majoritariamente por aliados do peemedebista, é o setor que pode aprovar a cassação. Para isso, entretanto, são necessários votos de 50% da Câmara (257) nesse sentido.
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