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Série de documentários ‘Educação.doc’ apresenta escolas que estão fazendo a diferença em suas realidades
por José Gilbert Arruda Martins
Você colocaria seus filhos e filhas para estudarem em escolas públicas?
A matéria a seguir - "Educação.doc" mostra exemplos reais da força da educação pública em várias regiões do Brasil.
Somos capazes sim de construir uma educação pública de qualidade. Escolas e professores/professoras, preparados, bem informados, bem remunerados para atender os filhos e filhas dos trabalhadores.
Lendo e assistindo aos documentários, percebemos que, não existe mágica, mas é possível fazer escola com qualidade.
A qualidade não fica apenas no prédio adequado, nas paredes pintadas, mas na escolha do currículo, na preparação dos professores e professoras, na participação democrática da comunidade.
A educação pública de qualidade se faz com participação das pessoas envolvidas. Nada pode vir de cima para baixo.
Os exemplos destacados serão replicados por todo o país?
Esperamos que sim.
Fonte: Porvir
que é preciso para ter um ensino de qualidade? Em Heliópolis (SP), a escola Municipal Presidente Campos Salles decidiu derrubar os muros e apostar na democracia. Já na zona oeste do Rio de Janeiro, no bairro Padre Miguel, o colégio Estadual Monsenhor Miguel de Santa Maria Mochón inovou suas aulas, criando projetos que deixam o currículo mais atrativo. Mas o que há de comum entre essas duas experiências? Além de mostrarem que é possível alcançar resultados surpreendentes em territórios com dificuldades socioeconômicas, elas integram a série de documentários “Educação.doc”, produzida pelos cineastas Luiz Bolognesi e Laís Bodanzky.
Dividida em cinco episódios, a série percorre oito escolas brasileiras para mostrar histórias de quem está fazendo a diferença no ensino público, apresentando experiências realizadas nos estados do Piauí, Ceará, Bahia, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. Com depoimentos de alunos, professores e diversos especialistas, o documentário traz uma série de discussões sobre a qualidade da educação, redução da evasão escolar, integração da escola com a comunidade e a valorização de professores.
Entre os entrevistados, estão nomes como Viviane Senna e Mozart Neves Ramos (Instituto Ayrton Senna), Beatriz Bontempi (Instituto Avisa Lá), Giovana Zen (Instituto Chapada de Educação e Pesquisa), a filósofa Viviane Mosé e a pesquisadora Paula Louzano, doutora em política educacional pela Universidade Harvard (EUA).
Segundo a cineasta Laís Bodanzky, a intenção do documentário é pautar a sociedade para mostrar que é possível fazer diferente. “A escola dos meus pais e dos meus avós já não é mais a mesma escola de hoje. Antes a informação toda estava na escola. Hoje em dia você já não precisa mais da escola como a única fonte”, afirmou ao Instituto Ayrton Senna, durante o Fórum Internacional de Políticas Públicas.
‘A escola dos meus pais e dos meus avós já não é mais a mesma escola de hoje. Antes a informação toda estava na escola. Hoje em dia você já não precisa mais da escola como a única fonte’
No primeiro episódio, o documentário conta a experiência realizada na Chapada Diamantina, no interior da Bahia, onde a qualidade do ensino melhorou em 20 municípios da região. O segundo vídeo da série percorre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro para mostrar o trabalho realizado em duas escolas que se abriram para a comunidade e passaram a atrair o interesse dos alunos. Na terceira etapa da série, são apresentadas escolas em Cocal dos Alves(PI), Sobral(CE) e Foz do Iguaçu(PR), onde os resultados educacionais chamam a atenção, seja pelo acúmulo de medalhas em olimpíadas de química e matemática, ou por terem conseguido zerar a evasão escolar.
Mais adiante, no quarto episódio, os espectadores conhecem a experiência do Colégio Estadual Monsenhor Miguel de Santa Maria Mochón, que tem encontrado propostas para tornar o currículo mais atrativo. Por fim, a série encerra com uma discussão sobre como será a escola do futuro, convidando professores, alunos, diretores e pensadores a darem a sua opinião sobre o modelo de ensino que gostariam de ter daqui a 50 anos.
“A educação que se espera para o futuro é uma educação que consiga fornecer conhecimento e potencial de reflexão”, defendeu o cineasta Luiz Bolognesi durante o fórum. De acordo com ele, a escola que se abre para ouvir o lugar em que está inserida tem mais chances de acertar, pois apresenta mais conexão com a realidade.
Os episódios da série “Educação.doc” podem ser assistidos no canal da Buriti Filmes, no YouTube (clique aqui para ver). Confira o teaser abaixo:
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