Último dia de campanha, último dia de aula da semana e o debate da sala de Professores e Professoras foi longe. É, o ódio ao Partido dos Trabalhadores fomentado pelo PIG - Partido da Imprensa Golpista, diga-se, Globo, Estadão, Folha, TV Globo...nove família, unidas, centradas, manipulando a opinião pública de quase todo o país -, fez-se presente em nossa nobre sala.
Impressiona as falas raivosas, despolitizadas e ultraconservadoras de parte substancial dos colegas. Costumo defender que nossa classe precisa ir além da revista veja e da rede globo, não é aceitável, educadores e educadoras se pautarem nesses veículos de "comunicação" para argumentarem as questões maiores e sérias desse país. Todos nós conhecemos - ou deveríamos - o que a veja e a globo são capazes. Essa duas respondem hoje dezenas de ações na justiça por calúnia e difamação. O Machetômetro, pesquisa feita pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, mostra o que PHA defende em seu Conversa Afiada há meses, a "grande" mídia no Brasil se tornou um partido político, o PIG - Partido da Imprensa Golpista -, será que nossos colegas já leram sobre? Já refletiram sobre isso? Está passando da hora.
Aqui em Brasília, governada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), vivemos uma situação que tenho debatido aqui nesse espaço. Agnelo, atual governador e candidato à reeleição, quando assumiu há quatro anos, pegou um DF recheado de problemas, corrupção, que envolvia agentes públicos importantes, inclusive o próprio governador na época o Sr. Arruda, obras paralisadas, greves de trabalhadores etc.
Agnelo assumiu, passou dois anos limpando a sujeira deixada pelas "autoridades" anteriores. Sofreu derrotas seguidas da justiça a pedidos da oposição local quando iniciou as audiências públicas e as publicações das regras legais para iniciar a maior transformação que o transporte coletivo já passou, foram meses jogados fora, um longo tempo perdido, até ganhar na justiça o direito de fazer as mudanças - hoje mais de 95% dos ônibus de Brasília foram trocados por novos o modernos veículos -. Brasília está limpa, mais bonita, mais cuidada. Esse governo finalizou cerca de 105 obras deixadas pelo governo anterior e fez outras centenas. Contratou cerca de 7 mil funcionários públicos, desses mais de 3 mil professores.
Como podemos medir um bom governo?
Não são as obras, a transparência com os gastos públicos?
Não é tratar a cidade e as pessoas bem?
Não é criar as condições na saúde e educação para que o Povo tenha melhor qualidade de vida?
Agnelo fez tudo isso. Não jogue fora um projeto que melhorou a vida de todos.
O texto acima foi inspirado no texto postado abaixo. Leia.
por José Gilbert Arruda Martins (Professor)
Site Conversa Afiada - 04/10/2014
Lula pede que o último dia da campanha não seja o derradeiro da militância.
E que a partir desta sexta-feira, comece um mutirão boca a boca, porta a porta.
Ex-presidentes costumam dar expediente em institutos e fundações de carpete
macio, gabinetes de mogno e mesas de vidro com aço escovado.
Telefonemas bajuladores e audiências reverenciais compõem uma rotina
colorida, fatiada de almoços elegantes e recepções requintadas. Amenidades
bocejam 24 horas por dia no seu entorno.
Bons negócios, comendas, lavanda inglesa e gravatas de seda italiana.
Mas tem um deles que destoa do figurino de voz macia e boutades autocentradas.
Debaixo da garoa fina desta quinta-feira, protegendo a cabeça branca com
chapéu de boiadeiro que destoa do blusão esportivo, a voz rangendo idade,
cansaço, estrada, o rosto vincado, lá está ele em Diadema, no cinturão vermelho
de São Paulo, em cima de uma carroceria, puxando a carreata que fecha o
primeiro turno da campanha de 2014.
Alguém poderia imaginar que estamos falando de FHC?
Não. Quem está ali com uma mão agarrada ao microfone e a outra a
gesticular, alternando uma e outra, a voz rouca modulando altos e baixos de
ironia e indignação, mestre na oralidade, é o único ex-presidente capaz de
fazer isso como se fosse um novato, a suar a camisa para provar que
suas ideias pertencem ao mundo através da ação.
O novato no caso é o político que alia a garra de um jovem militante à
experiência de maior líder popular do Brasil.
Duas vezes ex-presidente da República, ele dá o exemplo da volta às origens
que cobra do PT.
Levar a disputa às ruas.
Definir o campo de classe dos interesses em jogo.
Voltar às bases, ouvir, falar, engajar e aí nunca mais se omitir.
É isso que ele tem feito com intensidade assustadora para a idade e o
susto de um câncer diagnosticado há três anos , em 29 de outubro de 2011.
Lula fará 69 anos no dia seguinte ao pleito de 5 de outubro próximo. A contrariar
o fardo dos outubros, nos últimos nove dias ele visitou nove cidades, fez mais
de 15 comícios.
Na terça feira, de dia, estava na Capela do Socorro; à noite em Cidade
Tiradentes, agora em Diadema. Fala duas, três vezes por dia. Como fazia
no governo.
Fosse FHC, as câmeras de televisão estariam formando uma parede entre o
orador e a plateia reunida em frente a um supermercado em Diadema.
Mas é Lula; e sendo Lula quem é, tem que ser escondido pelo que representa,
pelo que já fez, pelo que ainda fará e hoje, sobretudo, pelo que ainda fala e faz.
Ele faz coisas do seguinte tipo: na carreata em Diadema levou anotações com
dados do site Manchetômetro, um monitoramento de mídia feito por pesquisadores
da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) sobre a cobertura das
eleições de 2014.
Durante quase dez minutos Lula dissecou o sentido político dos números
frios colhidos pelo Manchetômetro.
Fez manchetes com notícias que não saem nos jornais.
Ao mencionar o tempo ocupado por escaladas negativas contra a presidente
Dilma Rousseff no Jornal Nacional ( 1h46m), por exemplo, recorreu
à metáfora futebolística e disparou para ninguém mais esquecer: ‘A Globo na
campanha presidencial de 2014 dedicou mais tempo dando manchetes contra
a Dilma do que a duração de uma partida de futebol’.
Pronto. Não precisava mais nada.
Mas para reforçar ele não hesitou em sacudir a anotação no ar: sabem quantos
minutos de noticiário negativo a candidata do PSB teve no mesmo período ?
Nenhum.
Um mestre na pontuação oral.
Sobrou também para os jornalões da ‘gloriosa imprensa brasileira’, como
ele gosta de alfinetar com ironia ácida.
Um número resume todos os demais.
Desde o início da disputa, em 6 de junho, lembrou a voz rouca, mais afiada
que nunca, os jornais Folha de SP, Globo e Estadão deram nada menos
que 490 manchetes negativas contra Dilma.
Uma intensidade mais de quatro vezes superior a soma das manchetes
negativas atribuídas a Aécio e Marina juntos (114).
A conclusão disso tudo altera a voz rouca, que agora adquire um
sentimento de indignação diante do qual é impossível ficar indiferente.
Imagine essa cena no Jornal Nacional.
Não acontecerá.
Porque Lula não é FHC e porque FHC jamais diria o que ele vai disparar em
seguida.
‘Isso acontece porque neste país não existe liberdade de imprensa, mas sim
a doutrina de nove famílias que dominam a comunicação e nutrem ódio pelo PT.
Não pelos erros que o PT possa ter cometido’, fuzila a rouquidão indignada.
‘O PT tem defeito? Tem’, prossegue depois de uma pausa. ‘Mas eles nos
odeiam não pelos nossos defeitos. E, sim, porque o PT promoveu a ascensão
social dos pobres neste país. É por isso que desde o início da campanha eles
atacam a Dilma com o equivalente a três manchetes negativas por dia cada um’.
A indignação contra esse cerco, cujo núcleo duro está arranchado no estado
de São Paulo, fez o ex-presidente intensificar a campanha de rua no interior
e na região metropolitana da capital.
Sua determinação extrai força de uma certeza: é preciso enfrentar e romper o
torniquete de aço contra Dilma, contra Padilha e, sobretudo, contra o PT e
contra ele próprio. Ou a restauração conservadora pode fechar de vez as
portas e frestas sociais e geopolíticas arduamente abertas a unha nos
últimos doze anos.
Ao final da carreta, esse orador empenhado faz um apelo acalorado.
Lula pede que o último dia da campanha não seja o derradeiro da militância.
Que ela continue a falar o que a sua voz já não poderá mais dizer na boleia
de um caminhão. E que a partir desta 6ª feira, comece um mutirão boca a boca,
porta a porta, voto a voto para buscar o eleitor indeciso e decisivo na arrancada
final para a urna.
A senha que ele sugere à militância diante dos recalcitrantes é a sua convicção
de que a memória é um pedaço precioso do futuro a ser conquistado nestas eleições.
É com essa certeza que ele faz sua despedida como quem sacode o país pelos
ombros para espantar o torpor criado pela doutrinação midiática conservadora
e diz: ‘Perguntem às pessoas se elas se lembram como era o Brasil antes
de o Lula governar este país’.
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